Bilhões de letras, Milhões de palavras, Milhares de frases, Centenas de Idéias, Dezenas de participantes e apenas UM tema. O resto são zilhões de coisas malucas. Se descubra.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Copacabana
PRÓXIMO TEMA: Anarquia disciplinada.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Partida Derrotada
É 2010, ano de Copa do Mundo, é claro que estão de verde e amarelo.
É jogo do Brasil, todos estamos de verde e amarelo.
Todos no mundo vestem as cores de suas bandeiras.
Todos representam as cores de sua bandeiras.
Mas só em dia de jogo,
só em tempos de futebol.
E ontem? E naquele dia que você viu o mundo de cabeça pra baixo?
Todos os dias que as pessoas tem o que você não tem...
Todas as lágrimas dos desprivilegiados...
Todo o abraço inexistente pros desprovidos de carinho.
Tudo as derrotas em campo que não precisam de 11 jogadores:
precisam de todo mundo,
inclusive você.
Que triste.
PRÓXIMO TEMA: VITÓRIA
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Às reais possibilidades
Um vulto rápido na imensidão da parede branca.
Agarrei-te como uma criança agarra a sombra de Petter Pan.
Seu opostos apostaram na minha disponibilidade
E eu inocente
Me vi detido nas grades do seu seu nome
Que vaga ecoando na minha cabeça.
O prazer que sinto de novo
Não é nada menos que a felicidade de achar compatibilidade.
Ja era tarde para o acaso. Enfim, chegou.
Amar é surpresa!
TEMA: Pátria
domingo, 27 de junho de 2010
you are the winner
Eu acordei, e de repente me vi sentada, na minha cama, em frente a tv, em casa, sã. Sem saber se tudo aquilo tinha realmente acontecido ou foi tudo fruto da minha imaginação... eu me perdi, e começou tudo de novo.
PRÓXIMO TEMA: O TEMPO.
sábado, 26 de junho de 2010
Do Re Mi Fa Sol, muito sol
Quando tinha 5 anos, imitava Michael Jackson de costas para minha família. Uma forma de fazer a vergonha ir embora e me fazer sentir o rei do pop por 4 gloriosos minutos. Me destacava desde novinho nas festinhas por me deixar levar pela vibração da música. Nas festas matinês que frequentava perguntavam constantemente se eu fazia parte de alguma aula de dança, como hip-hop ou dança de rua. Enquanto as pessoas revelavam suas vergonhas eu quebrava este mito ressonando a música com meu corpo.
Virei Dj aos 14 anos com ajuda de um amigo, tudo era tão novo e aprendi que não tocava pra mim. Eu tocava para as mulheres. Tocando para o coração e corpo das mulheres, elas apareciam e como consequência, eles iam atrás. Resultado? Festa completa! E até parece que muita gente não sabe que a música foi feita para 'elas'. Por causa delas que incontáveis músicas se tornaram verdadeiros mitos, clássicos e hits dos hits. Falo de música clássica até o funk do 'só love'.
No momento ouço um baita musicão, 'Jamiroquai - Cosmic Girl' do DVD Live at Montreux 2003. 'She's a cosmic girl', diz o refrão. Pelo groove e a forma que a letra é levada dá pra sentir o sex appeal intenso que é essa garota cósmica... Sem falar no groove que o jamiroquai se inspira: James Brown, o Rei do Groove e Michael Jackson (ontem, fez 1 ano de sua morte), o Rei do Pop.
Se for falar da world music, passando pela brasileira, pela argentina, pela francesa, cubana, jamaicana, africana e sobretudo todas as regionais, a música se realoca como sinônimo de atmosfera artificial. Não menos gostosa que a original, mas como um tempero pra lá de gostoso ou não. Dependendo do acompanhamento, o prato principal pode perder pra sobremesa, ou dependendo de que qualidade for feita, o restaurante é fechado.
Como tenho o monopólio deste post que escrevo, tomei a liberdade de citar minhas maiores influências musicais. Algumas. Algumas de inúmeras. Então, lá vai:
- Guns n Roses
- Michael Jackson
- George Michael
- Jamiroquai
- Madonna
- Metallica
- Chemical Brothers
- Beatles
- Fatboy Slim
- Prodigy
- Green Day
- Oasis
- Nirvana
- Foo Fighters
- Dee-Lite
- Cássia Eller
- Jota Quest
- Gotan Project
- REM
-Silverchair
- Rage Against The Machine
- Audioslave
- Cidade Negra
- Carlos Santana
- Djavan
- Moby
- Dead Fish
- Queens of The Stone Age
- Beastie Boys
- Nação Zumbi
- Mombojó
- Los Hermanos
- New Kids On The Block
- Coldplay
- The Strokes
- Planet Hemp
- Raimundos
- Paralamas do Sucesso
E por falar em Jamiroquai...
Próximo tema: Bad Trip
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Vela da madrugada
Todos almejam. Poucos conseguem. Ah! Imaginem só o prazer em cápsulas. Para mim mera banalização de algo tão rico. Ou então, prazer injetável. Compraríamos ali no buteco do seu Manoel, esconderíamos em buestras calcinhas e calções e partiríamos rumo à felicidade. Vivenciaríamos um apocalipse, ao menos, prazeroso.
E a sensação? Aquela pontinha de arrepio inicial. Uma onda crescente de estímulos involuntários e paralíticos. Um não pensar consciente. Um vulcão em erupção.... Eureka!!!!
O prazer é a mulher capaz de fazer desperta-se em chamas. É o homem sendo um verdadeiro homem. São as coisas prosaicas que se tornam vida. É a vida em seus mais que cinco sentidos.
Simples.
Assim.
Next topic: A música
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Maciez surda e muda
Traga as memórias de corpos amassados contra o teu, novos perfumes dos quais não foram meus. Os fios de cabelos esquecidos em teu colo. Loiros, ruivos, morenos ou grisalhos. Íntimos pelos meus, ou de outrém. Não esqueças do charme que me ajudara em outrora. Com amigos, amores e status quo. És, no fundo, uma parte de tudo isso. O fundo em que me repouso, em que posso enfiar a cara de frio e retornar com bafo de calor. O fundo em que já enxugou lágrimas de amores perdidos, de amores sofridos. Tudo sem tua culpa.
Já viraste presente de aniversário, de dia dos namorados, de dia dos carentes desaconchegados. Tornaste simbolo de noites bem dormidas. Não és substituto de colos amorosos. És meu colo amoroso particular, desde sempre. És minha parede muda, meu chão macio. Meu sexo confortável, minha coluna bem colocada, minha perna entrelaçada. Meu conforto de pensar no desconfortável.
Sinto não poder ouvir tudo o que tens pra me dizer. Não tenho noção nem se isso é possível. Já vi tanta coisa neste mundo que até duvido das dúvidas usuais. Só me resta aliviar minha mente, aquela que massageia toda as pernoites, e lhe agradecer pelos 22 anos de histórias que já presenciou, que já testemunhou junto à mim e ao nosso eterno ménage à trois.
Almofada, travesseiro e colo, meu eterno muitíssimo obrigado.
PRÓXIMO TEMA: Prazer
terça-feira, 1 de junho de 2010
Lente de AUMENTO
Posso correr até no asfalto
que escorrego
Passo a mão sob meus olhos
eu esfrego
A um palmo do meu rosto
não enxergo
Tudo isso quando o caminho
está deserto
Mas você chega e me oferece a mão
"Oi, faminta. Você quer um pão?"
O que era pequeno ganha TAMANHO
O que era perda vira GANHO
O turvo ficou CLARO para mim
Quem diria que o MUNDO era BELO assim
Finalmente ENXERGO as FLORES!
E sou capaz de DINSTINGUI-LAS pelas CORES!
Vejo PÁSSAROS, ÁRVORES E GENTE
Vejo FRIO, MORNO E ATÉ QUENTE
Vejo SAL, DOCE E SEDENTO
Vejo ÁSPERO, LISO E GRUDENTO
ARREPIOS, SONHOS E FANTASIA
SONS, HARMONIA E MELODIA
SENSAÇÕES, BRILHO E SINESTESIA
Vejo TUDO aquilo que eu antes não podia
A vida deixou de ser tormento
Você me trouxe uma LENTE DE AUMENTO
Deixei para trás minha visão
E passei a ENXERGAR com SENTIMENTO
PASSEI A ENXERGAR COM SENTIMENTO!
Deixei pra trás minha visão
Você me trouxe uma lente de aumento
A vida deixou de ser tormento
Vejo tudo aquilo que eu antes não podia
Sensações, brilho e sinestesia
Sons, melodia e harmonia
Arrepios, sonhos e fantasia
Vejo áspero, liso e grudento
Vejo sal, doce e sedento
Vejo frio, morno e até quente
Vejo pássaros, árvores e gente
E sou capaz de distingui-las pelas cores!
Finalmente enxergo as flores!
Quem diria que o mundo era belo assim
O turvo ficou claro para mim
O que era perda virou ganho
O que era pequeno ganhou tamanho
"Oi, faminta. Você quer um pão?"
Mas você chega e me oferece a mão
Está deserto
Tudo isso quando o caminho
Não enxergo
A um palmo do meu rosto
Eu esfrego
Passo a mão sob meus olhos
E escorrego
POSSO CORRER ATÉ NO ASFALTO!
Próximo tema: Almofadas
O tudo virou nada
domingo, 30 de maio de 2010
Não sou hipócrita, sou cristã!
quarta-feira, 19 de maio de 2010
O trem do tempo apitou
Chico
É um quase marrom
Me faz um favor?
Sai de mim, sai completamente.
Não te quero aqui.
Você é insistente e persistente.
Nunca vou compreender sua razão de ser.
Vai, escorra pelo ralo.
Nenhuma mulher te quer.
Próximo tema: idade
terça-feira, 18 de maio de 2010
Costura
Pego as tormentas
Sigo as rodovias sem novas rotas
Toco a sua vida sem novas notas
Esqueço-me do mal
Sopro pelas ventas
Do dia em que rodeava pernas bambas
Ardia mais que nos outros sambas
Olá você, que tal
Costuro as ementas
Do nosso passado pergunto porquê
Rodeei pela sua saia godê
Me pergunto qual o certo mal
A diferença do pirê do purê
Prefiro teu pão com patê
Meu suco de orgulho..
Próximo tema: Vermelho
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Milkshake traumatizante
Foi na onda de ‘Vóvó rica pega pirralho sarado’ que Eduardo conheceu Helena em um bar. Eduardo é um engenheiro bem sucedido de 28 anos que saiu da casa dos pais tem não mais que três anos. O que Eduardo não sabe até hoje é que ele foi adotado. Claro, ele percebeu que fisicamente não há muitas semelhanças com seus pais, mas parou por aí. Helena é uma advogada e psicanalista de 45 anos que se arrepende de erros passados e por isso tenta quitá-los trabalhando com clientes que ela crê inocentes. Além disso ela ajuda uma empresa de adoção atendendo a futuros pais que não ficarão com seus filhos para dar-lhes a chance de uma vida melhor. Ao final do terceiro encontro eles foram para a casa de Helena, onde aconteceu pela primeira vez. A pegação vai e vem, e conforme a intimidade dos dois cresce, ela fica com mais vontade de conhecer a família de Eduardo. No aniversário dele os três se conhecem e assim que apresentados Helena percebe que os conhecia de algum lugar. Na próxima vez que os dois se encontram no apartamento dele, enquanto Eduardo imita o milkshake de ovomaltine do Bob’s ela repara numas fotos penduradas na parede da sala. Deliciando-se com o milkshake de Eduardo ainda olhando as fotos, ela vê uma foto dela aos 17 anos dando Eduardo ao seus ‘pais’.
- Eduardo, quem são as pessoas dessa foto?
- Ah, sou eu, meus pais e uma amiga da família que eu nunca cheguei a conhecer.
Botando seu milkshake de lado, Helena senta e diz:
- Meu bem, me escuta, não me odeie e não me procure de hoje em diante. Mas eu não posso mais te ver.
- Por que? Qual o problema? O que houve? – pergunta Eduardo, não entendendo o surto de Helena.
- Pergunta aos seus pais a verdade sobre aquela foto que você vai entender. Agora, eu preciso ir.
Ela dá um abraço apertado nele e sai do apartamento dele correndo antes que ele a veja chorando. Eduardo pega a foto e vai correndo aos seus pais pra entender alguma coisa melhor. Depois de tudo revelado ele não acredita na situação e ligando os pontos ele tenta seguir em frente um dia por vez e vira o Charlie Harper da vida real.
Por Carol Lucchetti
Próximo tema: saia godê e bad memories
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Danço sobre Rodas...
Tardes de sábado
Manhãs de domingo
Patins
Quatro rodas um freio
Laranja
Tardes de sábado
Noites de sexta
Bate- Bate
Campo Seu Bento
Patins
Piruetas
Sorrisos
Competição
Lágrimas decorrem de um sonho
Vergonha
Patins
Rosa Branco
Danço sobre rodas
Agora são 5, sem freios
Infinita alegria
Danço de costas pro mundo
Olhar que me cerca
Livre como voar
A tarde inteira pra me jogar
Patins.
Muriel M. Machado
Próximo tema : O Complexo de édipo e o Milk Shake
Fim de t(arde)
No meu sal coloquei água. Me recupero da desidratação. Da paixão das rosas e urtigas. Gosto deste chá. Deste veneno tenho sede. Mas agora li o 'modo de usar'. A propaganda que estava na prateleira tinha aste(risco). Não li. A engoli com sede. Nas minhas veias já corriam o outro vermelho. E como correm. Na ponta dos meus pés, impulsionou. Na ponta das minhas mãos, cortejou. Na ponta do meu coração, eletrificou.
Veneno doido, risonho e afastado. Te faz calado e te deixa desnorteado. Liguei para a ambulância e do outro lado da linha estava: eu próprio. Efeitos colaterais a parte, ria e não olhava para o chão. Meus atos se vingaram de forma abrúpta, caí no bueiro da rua. Vi ratos e baratas impactantes. Conheci o sub-mundo do qual fazemos parte de vez em quando.
No escuro e só. Metabolismo inconsciente e uma sinestesia de obnubilação. Começo a esfregar os olhos do tombo, ser puxado de volta ao âmago da rua. Não era dia, nem era noite. Era um fim de tarde.
A combinação do fim e da tarde, antes ensolarada. Agora o sol não brilhava mais, mas iluminava. A lua não iluminava ainda, mas brilhava. Tem vezes que só ao tomar o próprio veneno, te faz reparar a bula do doce veneno que estava na prateleira.
Beba com moderação, mas beba. Nunca se sabe quando poderá beber novamente o veneno em que um dia fez do bueiro da rua virar uma aprendizagem sua.
Tim Tim! (agora siga a bula, mané!)
Próximo tema: Patins
quarta-feira, 12 de maio de 2010
A parte funda
Alguns tem um sério problema: não se contentam.
Vivem me chamando atenção pelo meu all star rasgado, minha meia furada, minhas unhas roídas. Meu cabelo bagunçado, minha cara amassada e minhas roupas aleatórias.
Eu tenho um sério problema: não me contento.
Está longe de me chamar a atenção um vestidinho florido, um cabelinho arrumado e uma maquiagem bem feita. Não estou nem aí pro teu sapato lustrado, tuas calças de marca e teus óculos importados.
Tudo isso pra mim é superfície.
Mas eu sempre gostei da parte funda.
Por debaixo destes trapos existe um corpo quente. Que incendeia. Perfeitamente capaz de causar queimaduras de terceiro grau: daquelas que penetram a carne.
Por trás dos meus óculos baratos se esconde um par de olhos que almoça, janta e faz questão de sobremesa: olhos castanhos que devoram. Engolem. Sugam. Absorvem.
Por dentro de meus tênis, debaixo dos furos de minhas meias, existem os meus passos. Passos. É dali que vem o meu movimento. São com eles que eu sigo em frente.
Nunca fui aparência, máscaras não cabem em meu rosto, minha alma é profunda demais para camuflagens. Gosto de brincar com o superficial, distraindo os alheios para que evitem se aproximar da minha complexidade. Sou um buraco no fundo do mar, são poucos que suportam a pressão ao tentar mergulhar dentro de mim.
Perguntaram-me um dia por que eu não experimento ser gente de verdade, ao menos uma vez.
"Mas eu sou de verdade. Só não sou gente."
Próximo post: Veneno
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Foda-se
Eu queria estar bêbada o suficiente pra te puxar pelo braço pra falar tudo que você precisa ouvir, sua vaca. Você precisa aprender a respeitar as pessoas, porra. Não é assim. Você não pode sair por aí achando o que quer, e falando o que quer, e se fazendo de gostosa como se tudo girasse em torno de você. Não é assim, nunca vai ser - pelo menos enquanto eu puder impedir.
E, olha, se as coisas corresem bem como eu planejo, você ia tentar fugir, se devencilhar das minhas palavras, dos meus berros, dos meus palavrões. E, se eu bem te conheço, é exatamente isso que acontece. Do jeito que você é fraca, é bem capaz mesmo. Sua escrota. Tenta correr de tudo, tenta fugir que tudo que não sai exatamente como você planejou no seu mundinho de merda. Mas é aí que você se fode. Vaca.
No segundo em que você tentasse fugir de mim e das minhas palavras ríspidas, rancorosas e cuspidas, eu te puxava pelo cabelo. Ninguém foge de mim assim. Ainda mais você, que acha que pode foder todo mundo.
Você foi uma escrota. Porra. Sabe, eu ainda entendia quando você me atingia. Eu sabia que você não tava ali pra me atingir, se eu me sentia sacaneada era problema meu. Eu não sou que nem você, porra. Eu sei que os outros têm vida.
Mas aí eu vi que você tava sacaneando ele, e, olha. Ninguém mexe com ele. Pode ter o rostinho de boneca que for, a educação europeia que for, a postura ereta que for. Fodam-se os meus modos, foda-se a minha unha roída, foda-se o meu tênis sujo. Não é porque você mora numa cobertura e só começou a andar de ônibus mês passado que você pode fazer o que quiser com os outros. Ainda mais com ele.
E, olha, você tem sorte. Tem sorte de nunca ter olhado no meu olho, de nunca ter puxado assunto comigo, de nunca ter chegado nada ao meu ouvido de você falando de mim por aí. Porque se eu descubro uma porra dessas, garota, você tá fudida.
Fudida, tá me ouvindo? Porque aí eu não vou nem precisar estar bêbada pra te puxar pelo braço.
E, depois, eu acho que você já sabe o que acontece.
-
Próximo tema: Superficial
domingo, 9 de maio de 2010
MÃE, mère, mutter, madre, mum...
...Só pra não passar em branco aqui.
Voltando: PRÓXIMO TEMA: Palavrões
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Aprendi que não é fácil
Não é fácil lidar com perdas. Aprendi que não é fácil lidar com as pessoas quando elas pensam de outra forma e tem desejos diferentes do seu. Não é fácil lidar com a rejeição, lidar com o fim de alguma coisa que você prezou demais e que lhe foi extremamente importante. Não é fácil lidar com a indiferença alheia, com a falta de paciência e com a falta de oportunidade que os outros não me dão. Não é fácil o passado vir novamente à tona justamente quando você começa a deixá-lo no passado. Aprendi que não é fácil se deixar levar pela emoção e pelo coração, enquanto os outros se deixam levar só pela razão. Não é fácil abrir portas pra começar uma nova relação por medo de estar fechando as portas pra outra. Não é fácil lidar com o medo de perder a chance de um recomeço. Não é fácil querer quem me quer, mas também não é fácil deixar de querer quem não me quer. Não é fácil lidar com o medo de não ter sido um pouco mais paciente. Mas aprendi que também não é fácil rejeitar tantas oportunidades pela espera de uma que não vem. Não é fácil esperar e sentir saudades. Não é fácil você querer, insistir e ouvir um não. Não é fácil quando duvidam das minhas mudanças. Não é fácil quando não me deixam oferecer todo o meu amor e dedicação. Não é fácil... Mas na vida e no amor, não temos garantias mesmo.
Aprendi a deixar as coisas fluírem naturalmente. Não quero mais dor, não quero mais peso. Quero ter a certeza de que fiz tudo que pude, e tenho. E independente de qualquer coisa, só quero ser feliz. E a vida vai fluindo... E as coisas vão acontecendo... E aos poucos a gente vai se permitindo... É difícil, e aprendi que as mudanças às vezes são mesmo assustadoras. Mas quem disse que viver seria fácil? (texto meu de agosto de 2008, com algumas modificações)
PRÓXIMO TEMA: Palavrões
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Lissensa Powéhtik,
A via do amadurecimento.
Próximo tema: O que aprendeu hoje?
Filhos da Puc
Entretanto, as coisas já não caminhavam muito bem, e o ponto final foi posto - talvez - no melhor momento... eu precisava de um tempo só meu, um tempo me amando, um tempo admirando meu talento, coisa que por três anos praticamente fechei os olhos... o ponto final veio e com ele um vômito de palavras, de sentimentos e desabafos... o ponto final veio e com ele muitos sorrisos, declarações e poesias... o ponto final veio e com ele um novo começo de frase, ou novos, varios 'era uma vez', varios novos, varios tudo... veio tudo junto, jorrando felicidade...
Era a melhor fase da minha vida. Quer dizer, É a melhor fase da minha vida... e não foi a PUC que me fez enxergar que eu precisava estar sozinha pra perceber isso, eu simplesmente vi que para ser feliz nesse novo mundo eu teria que me desprender dos meus antigos, do que me deixava sem ar nos meus medos do passado... eu tinha que sair daquilo, da sensação sufocante de não poder amar a mim mesma... a sensação sufocante de estar com alguém que nunca ligou pro meu talento, minhas palavras, minhas fotos, meu dia, meu amor...
Não suporto ter que escutar que o ponto final existiu por causa das festas e das minhas cervejas, não. Como eu disse, já era madura o suficiente pra entender que não preciso ser solteira pra ter minha liberdade... E melhor ainda: não preciso ser solteira pra ver que me amo mais do que amo os outros, que sou mais feliz dedicando meu talento a mim mesma, minha vida a mim mesma, meu amor a mim mesma...
Mas nem tudo na PUC é SÓ festa, não é mesmo? Mesmo em comunicação social... e eu não falo dos estudos (que estudos?), eu falo daquela parte do novo, das novas pessoas... Porra, eu cheguei com dois pés na frente, tentando me infiltrar aonde houvesse energia boa, tentando transmitir meu sorriso e minha personalidade forte, tentando fazer novas amizades pra esquecer das minhas perdas passadas. Mas ganhei patadas - já... e isso chegou longe. Quando eu não conheço alguém, eu não julgo a pessoa, eu não chamo ela de piranha e rendeira, eu não falo nada que ela não possa se defender... mas eu posso. E estou aderindo a nova comunidade do orkut: "sou legal, não to te dando mole". Se eu rendi pra veteranos, calouros e afins, é mais do que problema só meu, certo? Se eu ainda tivesse ficado sei lá, com 15 meninos da puc em 1 mês, NEM ASSIM vocês poderiam me chamar de alguma coisa...
Vida de universitário é isso mesmo. Você é feliz todos os dias, você bebe quase sempre, você se encanta com todo mundo, você tem que ser inteligente pra tirar nota boa sem estudar, você tem que aprender a amar a si proprio, você cria uma nova historia, esbanja seus talentos, mata aula no pires (mas sem exagerar), você faz tudo o que quer, cria responsabilidade na sua vida, você tem que aprender a lidar com gente MUITO mais invejosa do que no colégio, você tem que aprender a lidar com uma universidade inteira, milhares de pessoas prontas pra te dar o primeiro tiro. Você tem que estar preparada pra dizer que não depende da opinião alheia pra ser feliz.
Eu não dependo, e tornarei, então, minha vida de universitário na minha propria vida, e assim, serei MUITO, MUITO feliz...
PROXIMO TEMA: INVEJA
Eu me basto.
Realmente, amar e ser amada é a melhor coisa do mundo. É lindo, sublime, encantador, sereno, e faz bem pra alma e pra saúde. Mas somente agora eu realmente consegui entender e sentir que o amor próprio é muito mais importante que o amor ao próximo. Até porque, se nós não nos amamos, jamais conseguiremos oferecer amor ao outro. E isso, pra mim, é indiscutível.
Sempre respeitei minhas lágrimas, mas hoje respeito muito mais minhas risadas. Pela primeira vez na vida eu estou feliz, porque agora eu sou a causa e a consequência, e o único motivo dessa felicidade. Todas as minhas vivências, experiências, erros e acertos me fazem rir e me fazem hoje uma mulher mais sensata, crescida, madura, feliz.
Pela primeira vez na vida eu estou totalmente desprendida de sentimentos, não preciso de um novo companheiro, não sinto mais necessidade de ter um novo (bom) namorado. Não amo ninguém além de mim mesma e de outras pessoas próximas a mim. Não estou amando homem algum, e até agora pouquíssimos fizeram meu coração disparar. E é por isso que não estou com pressa de dar chance aos pretendentes apressados, porque hoje, o meu único pretendente é o amor-próprio. E o meu único objetivo é continuar sendo feliz e me bastando sozinha, porque sei que foi por ter sentido tanta dor que hoje eu sei reconhecer, sentir, desfrutar e aproveitar a felicidade.
Hoje eu estou e continuarei estando sempre no patamar mais alto da minha vida, e sou muito mais feliz por ter reconhecido, aceitado e entendido que minha felicidade não depende de ninguém porque as coisas mais lindas são gratuitas e estão em pequenos gestos e pequenos acontecimentos que poucos param pra sentir e perceber. Hoje vejo que a felicidade está nas coisas mais simples da vida, e consigo reconhecer que eu posso ser perfeitamente feliz sem precisar de ninguém.
Mas não quero ficar sozinha o resto da vida, até porque amar e ser amada é algo que também enobrece nossa alma e nos faz feliz. Na verdade, é porque hoje minha única prioridade sou eu e a minha auto-felicidade. E depois de tantos erros e acertos, aprendi que na próxima vez que eu estiver com alguém, estarei com ela ciente de que estou junto porque amo, porque gosto, porque quero e porque me sinto bem, e nunca por achar que preciso dessa pessoa ao ponto de não conseguir viver sem ela. Hoje, eu vivo por mim, e vivo em busca do propósito da minha existência.
Aprendi, com muito custo, que as pessoas se completam não por serem metades, mas por serem pessoas inteiras, dispostas a dividir alegrias e objetivos comuns. Aprendi a crescer com as cordas do violão: são independentes, mas juntas, e cada uma fazendo a sua parte constroem as mais belas melodias. Aprendi finalmente a me bastar, e a nunca mais me abandonar.
PRÓXIMO TEMA: Vida de universitário.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Desde o dia em que te vi...
Ofuscados pelo brilho dos TEUS olhos.
Na primeira vez que te vi senti meu coração pular pra fora do peito,
Querer sair pela boca.
Bater dentro da garganta.
Desde então, não consigo pensar em mais nada.
Não quero pensar em nada.
Abandono todos os pensamentos pra conservar aquela lembrança.
Lembrança, só lembrança, porque nunca mais pude te ver.
Próximo tema: livre.
Waltinho
Como uma faca de dois "legumes"
Como o espelho da poça em estado ondulatório
Causada pelo passar de rodas de um carro em plena corrida
Como dois rios que desembocam no mesmo
Lado
Lados...
Eu e meu Walter Ego.
PRÓXIMO TEMA: À PRIMEIRA VISTA
Nascer
É como um rodo
Que passa e arrasta
A essência de si
O amor nasce no lixo
É como um bicho
Que precisa de espaço
Para poder viver
O amor nasce do nada
É como uma enxada
Cravada no solo
Do meu coração
O amor nasce em mim
E caminha para o fim
Morrendo aos poucos
Deixando-nos loucos
Próximo tema: tudo tem dois lados
terça-feira, 4 de maio de 2010
O Parto do Artista.
A inconsequência de sonhar é viver dele,
A inconsequência de escrever é se autoanalisar,
A inconsequência de ser artista é amar demais, sonhar demais e escrever demais.
A inconsequência da consequência é ser quando não se deve.
A inconsequência de ser é não ser sendo.
A necessidade da inconsequência está em duas doses a mais, uma caneta, um pedaço de papel, um amor e uma obra.
O resto é consequência.
PRÓXIMO TEMA: "O AMOR É O RIDICULO DA VIDA"
sexta-feira, 30 de abril de 2010
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Ao Anjo.
Quanto tempo a mais para que voltes?
Quanto pra curar a mesma ferida?
Volte logo, porque encontro-me em partes.
A saudade, subindo em espirais
Quero sentir tua dor e prazer
E novamente, quanto tempo mais
Para que possa nosso amor crescer?
Anjo meu sem asas nem compaixão
Que meu corpo e minha alma dilaceras
Parte-me as veias, finda o coração
Que sabes o quanto que lhe esperas.
Faça tuas asas e dê partida
Novo amor, novo prazer, nova vida.
Próximo tema: FESTA.
Cheiro
Esse cheiro que é só teu
Esse cheiro que é só nosso
Tira tudo e encosta aqui em mim
Tira devagar e só encosta, não diz mais nada
Me cheira
Cheira esse meu cheiro de corpo nú
Pronto. Sou tua.
PRÓXIMO TEMA: ANJOS
Cultuado
Que crescem para baixo
Enveredando-se na base desequilibrada
Do que chamam de amor
Na prática de amar
O contrário do que se diz
É a verdadeira face
Do que não se vê
É quase tudo
De frente para o espelho
Vendo-se quase nada
É o copo de vinho esquecido
Pela amnésia da embreaguês
Calibrada
Do poco de vinho tomado.
PRÓXIMO TEMA: DESPIR.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Não bebo sim e to vivendo...
Participei ano passado de reuniões dos narcóticos anônimos para uma reportagem sobre o crack que foi para a CBN. Imagino que as reuniões dos alcóolicos anônimos não tenham tanta diferença. As drogas são diferentes, mas continuam sendo drogas. Não entendo quem recrimina a pessoa que fuma maconha uma vez por semana, e vai todo domingo para um boteco beber umas cervejinhas. É tudo droga. Uma lícita, a outra não. A devastação no corpo não depende tanto da droga e sua legalidade e sim da pessoa e de sua propensão ao vício.
A imagem que a televisão mostra na maioria das vezes é que o alcóolatra sempre é um homem, pai de família, que abandona tudo por causa do problema (com excessão da novela Viver a Vida, com a Renatinha alcóolatra e bulímica [ou anorexa, não acompanho muito]). Provavelmente antigamente realmente (quanto mente) parte esmagadora faziam este perfil. Mas hoje com a liberdade da mulher, o direito dela fazer as mesmas coisas que o homem, tanto no trabalho, como na cama (grande número de lésbicas hoje em dia), faz com que tenha mais mulheres sofrendo as "mazelas do homem"...
Ps: Serei processada depois deste texto pelos alcóolatras, apoiadores do álcool, narcóticos, feministas e por meus professores de Jornalismo, por causa do meu texto opinativo!
Próximo tema:
Amor platônico
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Desabafo Construtivo
Eu sabia que era mais uma vez que minha fraqueza apareceria diante do nosso falso amor: eu sabia que você acariaria meus cabelos, como quem não fez nada, como quem quer esquecer que fez alguma coisa... você tocaria meus lábios, lembraria nossos apelidos, me jogaria na cama e o resto é detalhe... eu sabia que mais uma vez escorreriam lágrimas dos meus olhos quando eu estivesse nua ao seu lado, por saber que fui novamente vencida pela minha fraqueza... eu sabia, mas deixei tudo acontecer.
Prometi pra mim mesma que seria a ultima vez vendo você parado a porta de braços cruzados, porque eu não deixaria mais você esperando pelo meu retorno, eu não ia mais voltar, eu não queria mais ficar entre as grades, sem conseguir enxergar alem delas por falta de luz... eu não queria sentir mais seu lençol da semana passada, sua calça jogada no chão, seus vícios, suas palavras, eu não queria mais sentir sua pele encostada na minha, e por isso comecei a sentir nojo de mim, nojo da minha fraqueza, da MINHA inconsequencia... da minha culpa, não da sua... comecei a sentir nojo de mim...
Prometi mesmo que seria a ultima vez, porque ainda existia dentro de mim um amor proprio maior do que por você, indiscutivelmente maior, por incrivel que pareça... Eu sabia que sofreria com a tua ausência, sabia que sentiria saudade das brincadeiras, dos apelidos, de estar chorando nua ao teu lado, de você secar minhas lágrimas com suas mãos encaixadas nas minhas... eu sabia que não haveria ninguém como você... mas eu não poderia permitir continuar na fragilidade eterna do medo de assumir que não preciso mais de você.
Eu não preciso mais de você, na verdade, nunca precisei.
Você foi só mais um motivo pra eu dizer que alguém é a minha metade, pra tentar completar o vazio que a vida por si só conseguiu cavar em mim, mas percebi que só eu mesma sou capaz de me completar, eu sou metade da minha laranja...
FODA-SE, eu cansei de ver você me esperando na porta,
eu cansei de esperar por você na vida,
eu cansei da vida com você.
PRÓXIMO TEMA: ALCOOLISMO
Hoje
Não quer dizer que caímos numa rotina,
nem que precisamos fugir do óbvio.
A nossa dança ainda me encanta,
ainda quero o seu suor na minha pele.
E, olha, se isso te consola,
eu também não sei como vai ser.
Eu só sei que eu quero que seja, e que seja agora.
Só sei que hoje minha vontade tem medida, tem número, tem nome.
Hoje eu preciso de uma a mais na nossa cama,
hoje eu preciso ficar no meio,
hoje é três ou é nada.
Amanhã nós podemos ser dois,
mas hoje deixa o dois para depois...
Hoje eu preciso que três seja par.
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Próximo tema:
Foda-se
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Bicho-da-Luz
Olhos abertos, bem cegos
A muralha que usurpa meus sentidos
D'eu não sei mais
Carrego a tua ternura como contraponto
Sua inconstância excita minha dor
Um distúrbio de atenção hipnotizante
Sufoca minha história
Corta na n'altura do meio-fio
Sedução póstuma me ressucita
O olhar de cima me procura
Sempre me mira
Sempre me acerta
Me dilacera por todos os cantos
Os cantos que escondem toda essa dramaturgia
Nenhuma cirugia dura tanto
Tem tempos que seguro meu pranto tenáz
Um cano de escape interno
Cavalga no meu corpo uma esperança
Respiro cada segundo esperando
Intensidade jogada fora
Abro a camisa
Bate o frio em meu peito
Meus sonhos brilham como cetim
Porque quero-te junto a mim
Mas não tenho minha carícia sempre que preciso
Minha delícia sempre que tenho fome
A imprevisão me hema-toma
Quero falar
Não quero perder
Quero deixar
Mas não quero perder
É uma luz, eu sou o bicho-da-luz
Cego. Insistente. Friorento.
Quero o teu calor verdadeiro
Jorra pra mim tua presença
Me engalfinhe seu passado
E, finalmente, faça de mim teu futuro
Mostro meu tango com seu samba
Meu coração argentina a sua brasilidade
Sua futilidade não ganha, nem de longe, sua culturalidade
Nunca escrevi algo tão assim
Pois depois de anos percebi
Qual luz quero enxergar
Ou sentir
Veja, meu amor não é assim
Não conheces meu amor
Ele não é assim
Ele é assado
Temperado
Um pouco de vinho branco
Um pouco de cachaça
Gosto tanto quando me abraça
Sei que é entregue
Quando me madruga, acorda meu coração
Quero dar beijos de tesão
Olhar pro céu da pálpebra
E sentir meus pêlos terem sentido
Quero sair por causa desse texto
Mas quero ficar por causa desse pretexto
Da jóia que brilha e é lapidada
Desejo te fazer amada
A sua diversão me diverte
Mas quero ficar inerte à sua volta
Escrever com um hidrocor
Tudo que podes não ler muito bem
O seu corpo e meu sentimento em palavras fincadas
E depois lavar com a mangueira
Todo esse vermelho
Toda essa cegueira
Intensa de te ter
[Você.
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Próximo Tema: Ménage à Trois
enclausuramento involuntário
Num momento sem nexo
Num mundo previsto
Preso no vazio de um balanço imaginário
de uma vida sem fantasias
de uma linha uniforme e eterna, sem bifurcações
Procuro uma lâmpada, vela, isqueiro
procuro por uma porta mais clara, um ar mais fresco,
pois estou preso
estou preso na eternidade de uma rotina sem fim
sufocando-me aos poucos na tua vida sem mim
sem querer pisando nos seus calos
nas suas feridas causadas no ontem
na sua indignação perante a minha felicidade
Inveje-me, mas não tente destruir todo o passado
não tente tirar o que foi teu, o que é meu
não tem mais 'nosso', um mundo preto e branco
até que eu gosto disso.
Mas o sufoco continua, tirando meu ar
meu sorriso, meu embalo da alma, minha vontade de viver
pra que a infelicidade se tenho você?
tirando meu prazer, você me trancou nesta merda,
entre quatro paredes
escuras.
nesta merda sem janelas, sem portas, nem varanda.
queria eu meus azulejos beges escuros, encostados no rodapé da minha varanda, com o vidro transparente e rede a prova de crianças inconsequentes (ou adultos suicidas).
queria eu esta varanda, pra sentir o ar que você não me deixa respirar.
PRÓXIMO TEMA: DESILUSÃO
Interior de nós
Que se espera que o homem enfrente
Não são as mínimas do segundo mais lento
As mais importantes do coração
Essas são imperceptíveis
Folhas brancas
Em branco, sem palavras
Um vírus invisível
Que contamina a parte do perceptível
E essencial.
Acende as luzes
Ofuscando a visão do seu próprio quarto.
PRÓXIMO TEMA: VARANDA
terça-feira, 20 de abril de 2010
a queridinha de todos nós.
sábado, 17 de abril de 2010
Quando uma leve brisa tocar em seu rosto, não se assuste... é a minha saudade que te beija em silêncio.
Faz tempo que eu senti cosquinha com você, brinquei com você e senti a eternidade em seus braços, faz tempo que a minha vida não tá completa, faz tempo que a vida me tirou você... Tá longe de ser uma injustiça, com o destino a gente não discute... a vida me tirou você mas me deu forças pra que meu caminho fosse mais seguro. Faz tempo que eu não ouço você dizer meu nome, faz tempo que não vejo seus dedos do pé, faz tempo demais que eu te dei o ultimo abraço... Faz tempo que não escrevo sobre você, que não declaro minha indignação, que não demonstro meu afeto... como se não doesse ouvir seu nome e saber que você não vai ver o filme comigo hoje a noite... Faz tempo que eu não choro... te visitei outro dia.
Não é só no ruim que lembro de você, eu queria que você estivesse aqui pra dividir comigo minhas tantas alegrias e sorrisos intermináveis... Faz tempo que eu não vejo seu sorriso, sinto seu perfume, ouço a sua gargalhada grossa, faz tempo que você não me visita, mesmo estando aqui do meu lado a cada dia... faz tempo que eu não confesso pra mim mesma a falta que você faz em mim, por saber que eu podia ter você e o destino me tirou isso.
Não dá mais pra esconder, não é mais segredo:
eu to morrendo de saudade........
PRÓXIMO TEMA: INSANIDADE
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Próxima Estação: Cure o Vivaldi
"Vestiu seus olhos por cima
É uma maravilhosa surpresa
Ver seus sapatos e seus espíritos subirem
Jogando fora sua carranca
E somente sorrindo ao som
E alisando como em um grito
Girando, rodando e rodando
Tomando uma grande mordida sempre
É uma visão tão deslumbrante
Ver você comer no meio da noite
Você nunca pode ter o bastante
O bastante é muito
Sexta-Feira eu estou apaixonado"
(trecho da letra The Cure - Friday I'm in Love)
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=ATOUM=
Como os brios sopram
As labaredas de vento
Moeção de medo
O escuro engrandece, energiza
Força obscura, rege a lenda da destruição
Abaixa a temperatura
Alarga minha compaixão
Deixa eu me embriagar, senhor
Prantos gelados em minhas costas
Fazem arder minhas espinhas
Minha respiração entra em recesso
A garganta amargura o azedume
Cospe todo perfume do banho quente não tomado. . . . ...
=ATODOIS=
. . ..ece. Amanhece.
O vapor navega
Desce e desaparece
Caroneia meu despertar
Começa a germinação do meu assobio
Dos campos irradio
Mergulho abaixo, mundo afora
Mundo aflora o daltonismo mais louco
Me tirou do meu sufoco
Que começa a terminar.
=ATOTRÊS=
Peitos de fora
Troncos abertos, galhos gentis
Deixa a luz passar
Desperta a minha paixão
Aquece minha prece
Fico cego em te olhar
Mas ganho companhia no sentido oposto
Um tanto fosco
Moldura peculiar
Se torne o dia
Me separa da noite
Seja o açoite
Da palavra bandida
Refresca a batida
Joga fora a embriaguês do meu calor
=ATOQUATRO=
O céu não chora mais
Tudo se queimou
Ardeu no fogo do inferno
Me escondo no seu terno
A suíte da minha fuga
Não encontro minha cama
O chão ficou em chamas
No resto tenho que ficar
Sou vítima da minha imprudência
Mergulhei antes de pular
Salto os olhos com o início
Mais um início
Daquela velha roda
Da minha bastarda eternidade.
Próximo tema: Segredo
Quais cores?
terça-feira, 13 de abril de 2010
Coordenação e subordinação
Chegará um certo momento que eu terei que desmitificar meus próprios medos.
Erro de principiante: qualquer hora é hora de assumir a própria vida. Encarar nosso palco de teatro. Sermos protagonizantes, e não mera sombra ilustrativa.
Mas eu temo o que, então?
Medo dos fios que me seguram me prenderem no palco, delimitanto meu gozo, meu riso, meu choro. E se eu quiser pular em cima do público? "...brincar de ser feliz, ...cuidar do meu nariz?"
E se eu pegar a rosa que me dão de presente e descobrir que não sou eu quem está sangrando por ter ido de encontro ao espinho. Pior ainda: descubro que a dor sentida, não me pertence; as palavras de agradecimento proferidas, tampouco. Quem o faz são os fios acima de mim: controlaram meus impulsos, enjaularam meus pensamentos, fizeram de mim um instrumento oco, barro inútil.
Vamos, me dá uma tesoura!
Vos dê uma tesoura. Cortem os fios. Todos eles.
Se sinto a batida tênue de minhas veias, é porque tenho corpo.
Se minhas cordas vocais vibram, tenho a palavra. ou o grito.
Se meus músculos contraem, é porque tenho força. ou posso criá-la.
Se vejo o público olhando em meus olhos, isto significa que tenho a capacidade de retribuir a ação. Toda ação tem uma reação. Portanto, seja ação e reação. Seja - tenha - a SUA ação. Não a que os outros querem que você tenha.
Nunca é tarde para pôr as mãos nos próprios fios. Deixar de ser marionete. E ser, pura e simplesmente, você.
Não se esqueçam do mestre Charles Chaplin ao dizer que "a vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."
Verdade mata, mas enobrece.
Próximo tema: O mundo em preto e branco
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Não precisa ser fã pra entender
Se heavy love fez mulheres sem razão encontrarem um rumo, suas palavras mudaram a minha vida. E como numa guerra civil, vai à luta, e saiba que a vida não é facil, pois um pedaço do meu coração contém os seus versos. Um dia eu vou encontrar o poeta que fez o tempo parar, exageradamente.
Próximo tema: Marionetes
Inexistindo
Por favor, a partir de agora, eu deixei de existir para você. Por favor, pare de ligar. Por favor, me deuxe viver minha vida. Pare de viver na minha sombra, pare de pronunciar o meu nome. Você me cansa. Me mata. Me tira a vida a sua voz. Sua voz e o meu nome. Tira-me a vida. Eu não quero. Eu não permito.
A partir de hoje você não tem o direito de falar nada sobre mim. Eu não morri, eu não vivi, eu não te amei, eu nunca, nunca te disse nenhuma palavra doce ou cruel. Eu simplesmente não existi. Eu não existo. Por favor, me deixe não existir. Deixe-me ser apenas uma pessoa esquecida.
Apenas a partir de hoje. Por hoje. Deixe que eu inexista sozinha com os meus inexistentes amores. Deixe que eu caia inexistencialmente nos bares de nuvem. Por favor. Deixe-me não viver apenas a partir de hoje.
Depois, se depois que eu passar a existir, quiseres falar de mim. Fale. Mas não por hoje. Hoje não. Hoje você se cala sobre mim ou voce virará a mulher do padre.
Grata.
Próximo tema: Cazuza
domingo, 11 de abril de 2010
Villano de mi vida
Um complexo de servidão e exemplos a serem seguidos em sã consciência. Lavagem cerebral do bem. Uma coisa afirmo com precisão: Precisamos de vilões. Sem eles os nossos(seus/meus) heróis não teríam função alguma. Meu herói sou eu mesmo que venci a batalha biológica, a primeira corrida de minha vida. A dos espermatozóides. Meu primeiro instinto heróico.
É bom diferenciar heróis de mártires. Os heróis estão vivos. Estão emanando correções tradicionalistas e liberais em todas as sociedades do mundo. Cada um de cada forma/jeito/proporção diferente. Como no caso os bombeiros que trabalham sem parar no morro do Bumba (na minha Niterói) ou na arte musical contemporânea que me alenta agora ouvindo 'Bajofondo - Zitarrosa'.
Cada um é o herói que é, não o que merece. O merecimento é dado por nossas interpretações e visões. Muitos heróis ficam à margem de qualquer holofote. O desafio é desafiar todo o seu superego que te bloqueia de ser uma pessoa mais autêntica e melhor. Faça seu próprio julgamento antes de ser julgado. Tenha uma consciência clara e equilibrada de seus princípios e respeito pela humanidade. Mesmo que esta humanidade seja do tamanho de uma residência com míseras 3 pessoas.
O herói do filme que viu hoje não salvará sua vida. Não o fará melhor se o melhor persistir em manter-se calado, atado em seu próprio sangue. Faça-o jorrar. Ou então continue a estagnar seu sangue pra lá de coagulado.
Hasta la vista, villano de mi vida.
Próximo tema: Desabafo
sábado, 10 de abril de 2010
Palavras apaixonadas
Ou poderia dizer, os melhores dias!
Não consigo imaginar um único dia que possa ser considerado o melhor em essência. Sendo sincera, até consigo. Mas a fluidez dos meus dias implora pelos momentos mais ávidos de vontade!
Como por exemplo, o que seria de mim sem ter acordado às seis horas da manhã, durante uma viagem, com as melhores amigas que eu não pedi, simplesmenta ganhei de presente. Para fazer o que mesmo? Fazer uma visita à SUPER HIPER MEGA cachoeira do hotel. Não estava frio, estava congelante! Tínhamos chinelinhos nos pés, micro biquinis (TODAS se querendo pros meninos ao lado) e um sorriso no rosto. Que ideia ridícula e estúpida! Mas nenhum som era mais alto do que o das nossas risadas. E nada foi mais engraçado do que descobrir que a "cachoeira" era uma poça. Vale falar da lama?
Qual sentido eu daria à vida se não tivesse virado a noite dançando igual à Beyoncé. Cidade pequena. Amigas felizes. Embriagadíssimas de vinho. Trocando os pés, literalmente. Se estivéssemos no Rio, teríamos sido corajosas o suficiente para andar a cidade inteira fantasiadas do jeito que estávamos? (Créditos ao vinho, por favor.) Inúmeros 'fiu-fius' lançados, batom vermelho, unhas devidamente sensuais, caras e bocas. "Vocês estão bêbadas?" Nãaaaaaaaao, imagiiina. Estamos apenas sendo felizes. E fomos. Porque terminar a noite, depois de ter roubado todos os rebolados da Shakira, dentro da caixa de papelão, no MEIO da pista de dança. Chegamos em casa pro café da manhã? NÃO TEM PREÇO!
O que eu poderia contar para os meus filhos se eu não tivesse pleitado meus pais? Sumido durante um dia inteiro dentro de um acampamento só para poder brincar de pique-esconde por mais tempo? Eu era a dona do mundo, senhorinha do meu nariz e muito gente grande! Brincadeiras eram a minha lição de casa. Eu ia casar com o Robin e ser a nova mulher gata! Felizmente, ou infelizmente, eu não tinha a sagacidade dos adultos e não me preocupava se minha mãe estava carregando uma barriga de oito meses. Pirralha da boa, levada da breca, moleca de primeira.
Meus netos não existiriam se eu não soubesse o que era amor. Dentro da sala do cinema, um olhar lânguido e surpreso. Palavras soltas ao pé do ouvido: "Eu te amo". Para mim! As palavras foram minhas, e são minhas, por dois segundos. Só meu, puro egoísmo. O amor do primeiro. Você foi o primeiro, doces lembranças quando digo isso. E não só o amor dele. Amor quando ao sair de casa, minha mãe abre um berreiro de preocupação. Amor quando meu pai, virado do plantão do trabalho, ignora o sono e se senta para conversar comigo no café da manhã. O maior homem que eu conheço. Igual a ele, jamais. Amor quando meu irmão liga de uma viagem, eu atendo e falo que estou com saudade e ele diz, cheio de pré-adolescência: "Fala sério, Renata!". Amor quando vejo o rostinho de muitos e meu maior objetivo é arrancar um sorriso.
O melhor dia era aquele que comemoramos o término do vestibular. Dormimos pela sala! Largadas no chão! Doce na panela, filme no DVD, celulites devidamente engordadas. O melhor dia foi quando chegamos de madrugada e descobrimos que você esqueceu a chave de casa. Pulamos o muro, lembra? Quase estatelei a cara no chão. O melhor dia foi quando eu dei minha chapinha de cabelo! Assumi quem eu verdadeiramente quero ser e mandei um foda-se para estereótipos. O melhor dia foi cantar junto com o Chris Martin e jurar para a minha amiga que a gente VAI no Woodstock brasileiro e iremos cantar junto com o Linkin Park. O melhor dia foram todos os dias de Pedro Segundo.
O melhor dia é aquele que a gente faz. Ou aquele que acontece.
Próximo tema: Grandes heróis.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Viva La Vida
Discussões, traições, pernas entrelaçadas, mas não é paixão.
Tudo junto, um mix de percepções e atitudes inconsequentes.
Tudo faz parte de mim, mesmo que eu não queira.
Como um chocolate, e o que não é amor desaparece.
O desamor some, a solidão vai embora, são atitudes premeditadas.
Kitkat, orgasmos, sauna, futebol.
Sinto as pernas entrelaçadas, e é amor.
Meu mix é bem-vindo, viva la vida no Ipod,
um show na Apoteose, borboletas voando,
um sorvete num fim de tarde, uma mentira gostosa,
e eu me divirto, só isso...
Os flashes disparam diante do movimento, congelando o que parece não parar.
Um sorriso pra minha Nikon, e meu dia está feito.
uma promessa de eternidade, um açaí no bibi.
um céu azul, uma chuvINHA de fim de tarde,
e eu me divirto, só isso...
00 na sexta, maracanã no domingo, churrasco.
uma cerveja no pires, uma declaração de amor,
uma carta da prima, friends, todas as temporadas.
um dia sem tons altos, sem tons pastéis, sem teus tons.
"love of my life, can't you see?" pixado nos muros da cidade.
quem diria... eu me senti melhor.
um livro, um novo capítulo, uma nova amizade,
insônia, conversar até as 5h30 com alguém,
dividir vontades, priorizar você,
ou pernas entrelaçadas mesmo... dormir sorrindo,
nos braços entrelaçados mesmo.
eu queria me divertir, mas vi que pra isso eu só preciso viver :)
PRÓXIMO TEMA: O melhor dia da sua vida.
Strip Club
Ficas aí, parado, a me olhar com estes olhos de gato,
Querendo dar o bote.
Sinto te dizer, mas não sou tua presa.
Aprecio teu entusiasmo enquanto produzo meu show.
Mas não fique iludido, meu bem.
Também existem outros a serem distraídos.
A noite cai e ninguém percebe.
O ambiente esquenta e continua escuro.
Teus olhos de gato continuam fixos em mim, enquanto danço.
Sim, és um gato que mia, nervoso.
Só que não sou teu rato. Tampouco gato ou cão.
Sou uma leoa.
Próximo tema: O que você faz para se sentir melhor?
terça-feira, 6 de abril de 2010
Uma alternativa
Talvez ela não desse certo. Nós nunca tivemos essa expericência, concordo (e quem vier dizer que os hippies foram um exemplo, eu pergunto se foram mesmo: eles buscavam protesto, rebeldia, fugir da imbecilidade da época, mostrar ao mundo o quanto estão tristes com o rumo que ele tomou. Creio eu, que não houve uma conversa, um concentimento em formar uma sociedade alternativa, mas sim uma identificação para com o semelhante e uma maneira de se ajudar, comunicar, sobreviver no mundo de uma só sociedade. A sociedade alternativa dos hippies começou sem eles saberem e acabou sem eles lutarem pelo contrário), mas eu acho que não daria certo.
Não há como duas sociedades conviverem alternativamente. E se formos parar pra pensar, ja vivemos em sociedades diferentes, uma alternativa à outra: a sociedade japonesa, a brasileira, a africana, a indígena, a americana, com seus costumes, linguas, leis...
Não consigo visualizar uma sociedade alternativa...
Talvez seja melhor pensarmos em uma alternativa para a sociedade.
TEMA: OLHOS DE GATO
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Ahh, o amor...
"O amor não possui regras.
Mas conseqüências:
Respeito, carinho;
Erro, perdão;
Corpos, união;
Almas, conjunto.
O amor não possui língua própria.
Só a minha, a sua e a dos outros.
É universal no raro momento em que
estamos sozinhos um para o outro.
Dizendo amor.
Querendo amor.
Fazendo amor...
O amor não recrimina. As pessoas, sim.
O amor não separa. As pessoas, sim.
O amor espera. As pessoas, não.
O amor não cabe em palavras.
Mas conhece o código e a chave dos corações.
Inunda, alastra, contamina. O amor alucina.
Talvez seja esta a nossa sina.
Pelo visto, nada sei do amor.
Mas desconfio de que ele saiba quem somos."
PRÓXIMO TEMA: Sociedade Alternativa