sexta-feira, 30 de abril de 2010

Já são tantos minutos do dia 30 deste findável mês. E você ainda não me pegou pela cintura nem me arrastou para aquele cantinho desejável deste lugar intrigante. A música que sai das ondas não é a que toca na minha cabeça: estou mais para um rock velocidade cinco, do que para esse agregado a dois do Dj. E a sua? Pela SUA velocidade aposto que o fumo da bananeira te ganhou primeiro. Poooooooorra. Você notou as minhas coxas, decotadas pelo meu vestido? E a minha linguagem corporal? Estou voltada para você, olhando para você, braços abertos, peito estufado, diafragma devidamente sem respirar, maquiagem devidamente retocada... estou ridícula. Dançarei o agregado a dois com a parede. Sozinha! Adoro minha própria companhia. As ondas mudam: batidas afro-caribenhas. Você lá, na sua batidinha ordinária. O garçom ri com a minha voz fingidamente máscula: "Vodka, rum, 51, whisky com açúcar e lichia, errr... bastante açúcar." Seja lá o que for isso, meu humor muda. Não vejo mais você, vejo você e seu irmãos gêmeos. Subo no sofá e levanto o vestido: minha calcinha fio dental vermelha está aparecendo? Acho... que sim. Porque você veio até mim... quer dizer, até a minha... bunda!!! Para de apertar a minha bunda! Eu só quis ajeitar a calcinha! Cade a privacidade das pessoas? Nossa... isso aqui é uma festa ou uma casa de swing? Porque TODOS estão... meio emaranhados uns nos outros. E você agora quer se emaranhar em mim? AGORA? Pra porra com o seu agora, agora eu quero outro. Mais ritmo vindo do lado de fora de mim: don't stop make it pop / DJ, blow my sneakers up / Tonight, I'mma fight till we see the sunlight / tik tok, on the clock... Puta meo, cade meu jack daniels? Preciso fazer um gargarejo e tirar esse bafo de porra nenhuma. Mãaaaae, cadê meus óculos escuros? Foda-se! Vou dançar no chão mesmo. Vai um, beijo um; vem outra; beijo dois; Vem mais uma, amasso triplo... no chão?













Bom dia (merda de luz, merda de dor na cabeça). Legal, quem me trouxe até a praia? Cade minha bolsa? Preciso achar minha bolsa. Quem são essas pessoas encoxadas em mim? Vou levantar, solenemente, mas dói.... tudo.... Ao longe, mas não tão longe assim, alguém falou praqueles emos que eles estão pelados e jogados na beira da praia? Puta merda, pelo menos a minha noite não foi tão inconsequente quanto a deles. (Estou sem calcinha, começo a ter dúvidas sobre isso)
próximo tema: inconsequencia

3 comentários:

Carolina Bastos disse...

isso que é festa! hahahaha muito booooooooom

Anna Bisaggio disse...

Adorei! hahahaha

Gabriel Zambrone disse...

Olha... essa festa foi..
De arromba!