domingo, 2 de novembro de 2008

E o bambu?


Sandy & Júnior, Maísa, Daniboy (dentre outras crianças mundo afora) carregaram (ou vai carregar, no caso da Maísa) o fado nas costas de serem apenas o que a idade permite ser, com sua inocência e prazer de fazer algo divertido, cômico de uma certa maneira e 'fofo'.

Em um postal na banca de jornal ou em uma lojinha de papelaria, quando você vê aquele postal com aquela linda foto dos bebês nus ao seu íntimo natural e/ou mesmo aqueles filhotes (cães e gatos) super amassadinhos, lotados de carência e um brilho único nos olhos - Não dá uma sensação de querer dar proteção?

E quando você vê aquelas criancinhas que (aparentavelmente) estão ainda aprendendo um turbilhão de coisas mais complexas que o normal, cantando e se comportando como gente grande? É um choque!

Só elas que podem proporcionar momentos como o de Maísa retrucando o ilustre Silvio Santos quando perguntada se ela era uma vaca. Resposta: "Eu? Gorda?! Vaca é tua mãe!". Sem processos e com uma resposta que muitas pessoas gostaríam de fazer uma vez na vida e nunca tiveram a coragem ou a possibilidade de falar.

Somando o fato que é divulgado não só na TV como nos virais vídeos da internet e no fantástico meio do boca-a-boca, o fato e a magia em torno da espontaneadade dos "sem compromisso" gera um frisson com uma mistura de espanto e divertimento, como no vídeo abaixo:



Mas, ÓBVIO, tem a parte ruim e aproveitadora, vinda de empresários e pais mal acostumados com os rios de dinheiro e assédios colossais vindo de toda a parte.

Dois casos conhecidíssimos dos anos 90: Jordi e Macaulay Colkin. Jordi, um bebê-criança francês que foi lançado ao mundo da música eletrônica (dance) e conquistou o mundo com sua voz infantil e feliz em várias rádios e festas. Colkin, um frisson de ator pela pouca idade, premiado com a sequência do filme primoroso (no ponto de vista do entretenimento) "Esqueceram de Mim" (Home Alone).

Pra relembrar de Jordi:



E para saber o que aconteceu depois que seus pais perderam o direito de gerir a economia do filho depois de falir um parque de diversões infantil com o nome de Jordy (francês):



Para prosseguir, um dos filmes de entretenimento mais gostosos e divertidos dos anos 90, para mim: "Esqueceram de mim" (Home Alone), estrelado por Macauley Culkin (português):



E seu último trabalho, com o filme "Sexo e Café da manhã" (Sex and Breakfast), neste ano de 2008 (trailer em inglês):




E pra relembrar: "Qui cocê foi fazê nu mato, Maria Chiquiinha?":




E a despedida mais esperada que o gol mil do Romário:



Depois de tantos vídeos e lembranças voltando a mil, suponho que bateu uma saudade desses tempos inocentes e tão preguiçosos, onde a gente comia Fofy's, Mirabel e via o Fofão na Televisão. Ou colocamos isso como mero passado bizarro e seguimos com a nossa enfadonha e contraditória vida.

Mas... e o Bambu?


Próximo Tema: Ética e/ou Anti-ética

2 comentários:

maria vitoria disse...

Muito bom! =)

:) disse...

Quando vemos na televisão esses pequetitos dançando, cantando e até falando como gente grande, a maioria de nós acha bonito, fofo, uma graça! Mas quando uma delas conquista a fama e um programa, como a Maísa, ninguém percebe o quanto elas estão pulando etapas de suas vidas pra viver precocemente outra. E isso, dependendo do grau, chega a atrapalhar o desenvolvimento da criança. A Maísa, por exemplo, recebe R$ 20 mil, imagina o perigo que ela não pode correr? Segundo um desses canais de fofoca que vi um dia desses por acaso, os paparazzis em cima dela começaram a atrapalhar seu desenvolvimento na escola (e consequentemente dos companheiros de turma) por estarem sempre rodeando a escola à procura das melhores fotos "caseiras" da Maísa.
É muito dinheiro, muita informação, muita responsabilidade pra alguém tão pequenino! Não posso negar que ela é uma graça, super divertida, e que algumas das coisas que ela fala são ótimas e um tanto quanto maduras pra idade dela, mas será que ela é assim tão feliz quanto uma outra criança que também canta e brinca, mas sem todo esse sucesso, fama, dinheiro e responsabilidade por trás? Sim, porque essas crianças famosas acabam tendo sim uma responsabilidade e um compromisso como de gente mais velha.
No final das contas, esses jovens na TV nos divertem (em especial os mais antigos, como os que você citou -já que hoje a TV é "coisa do passado" pros pequeninos já internautas), nos alegram, nos confortam, e até nos fizeram ter uma infância gostosa, mas será que eles tiveram tempo pra ter uma mesma infância como a nossa, regada de preguiça, descompromisso, boneco Fofão e biscoito Mirabel? Como você mesmo disse, é tudo contraditório.

E quanto ao bambu nem falo onde é pra enfiar! :P