"Boa noite , hoje é quinta feira , seis de novembro de 2008."
inicialmente seria esse o slogan da mídia : informar imparcialmente , fazer a transmissão de notícias se possivel em tempo real , cobrir fatos relevantes e etc ... . Infelizmente , como a maioria das outras coisas , a linha inicial não é seguida .
A guerra da mídia , pode ser explicada pelos sínicos como : uma disputa entre horários e programas onde a audiência determina o valor comercial do tempo , e empresas patrocinam os programas do momento determinado transmitindo suas propagandas nos dados intervalos comerciais. Mas a guerra de mídias é realmente só isso??
É certo que não . Ao contrário da sociedade hoje a mídia é engajada , politizada e posicionada , escolhe com muito cuidado suas palavras e os fatos que irá apresentar . A mesmas podem erguer ou derrubar presidentes , podem excluir o fato de terem erguido ou derrubado tal , funcionando como básicamente um Big Brother(1984 , George Ornwell) .
É necessário exclarecer que a mídia não é somente a telivisão , mais todo veículo do qual se transmite informação . Desde uma pedra desenhada até a velocidade instantânea da internet .
Por ser impossivel ser imparcial , as mídias passam a agir como grandes agentes manobristas das grandes massas de manobra (é , você , massa de manobra , que está lendo isso daqui no momento) , ou seja , elas falam para o povo o que deve ser realizado . E esse é o seu papel mais importante , os outros fazem todos partes desse , e o povo , como acefalo galináceo passa a escolher o norte que a mídia lhe diz .
Um dos fatos que mostram que todo esse blá , blá , blá sobre a mídia é real , foi a manchete de hoje/ontem , sobre o novo presidente eleito dos EUA ter entrado para a história da humanidade .
Então , vamos questionar a manchete . Por que Obama entrou para a história da humanidade ? Por que a maoiria das mídias brasileiras cobriram toda essa eleição ? Aonde se quer chegar através disso?
Obama entrou para história sim , por ser negro , todas as outras palavras bonitas , elogios e discursos já foram feitos por outras pessoas no mundo , ou seja , após 300 anos de república , um meio negro (segundo o próprio futuro presidente) foi eleito . As grandes mídias brasileiras , desde os anos 50 se submetem (ou se entregam , já que não recebem nada nem são obrigadas) ao poder dos estadunidenses , talvez por admiração , mas esqueceram-se que estão em outro país . Por se considerar parte de tal território , cobrem as "suas" eleições presidenciais e fazem com que a massa de manobra entre em euforia por viver tal fato considerado histórico . O alvo é fazer dos brasileiros partes dos estadunidenses , mas sem os passaportes , para que quando forem divulgadas grandes bobagens ou grandes mentiras simplesmente se diga sim-piri-lim , sem contrariar o Big Brother .
A mídia é então um agente , apesar de todas as suas qualidades , alienador . Até hoje nunca ouvi uma mídia dar conselhos realmente populares para as massas , e até hoje espero que crie-se uma mídia que o fará . Por enquanto , continuo inserido na massa de manobra , mas ressalto que o mais importante é questionar , já que quem deveria fazer , não o faz .
A guerra pela audiencia é mais longa até do que as guerras santas , mas no final , não existe guerra , a maioria das mídias andam em um mesmo caminho , exceto a internet , algumas rádios piratas e uns folhetins que não sejam assim tão radicias .
Se puderem , se perguntem então ...
pois algumas verdades absolutas não são tão verdades assim ...
Por que um terrorista ia querer que as torres caissem em suas bases ?
As famílias Osama e bush são parceiras no ramo do petróleo ,com um simples acerto poderia-se criar um presidente herói e um filho rebelde vilão .
Assistam Rambo e vejam com quem os estadunidenses se aliam , vejam quem são os ditos terroristas de hoje .
e depois de todo esse exercício , PENSE , pois ai deixa-se de ser a galinha para o abate !
próximo tema :"sexo , drogas e rock´n´roll !"
2 comentários:
Ser imparcial é uma dificuldade não apenas das mídias, mas do ser humano. Nós temos dificuldade em sermos imparciais ao aconselharmos um amigo ou um colega, dificilmente somos imparciais ao repassarmos informações, dificilmente somos imparciais ao discutir relações (amorosas, sexuais, amigáveis, familiares, estudantis ou de emprego). Tudo isso por causa de uma coisa: egoísmo.
Com certeza muitas pessoas que trabalham em mídias não escrevem nem falam o que realmente pensam ou o que gostariam. Fazem o que lhes mandam. É assim que as coisas funcionam, infelizmente. Quem tem o poder na mídia expõe de determinada forma aquilo que lhe for mais conveniente. Nem todos tem ética de ressaltar temas importantes em prol da humanidade, da mesma forma que a maioria ressalta incansavelmente temas irrelevantes e transformam determinados assuntos em novelas doentias (como o caso Nardoni, Eloá e outros do gênero) apenas em busca de ibope. Tudo gira em volta do dinheiro. E aí entra também a questão da política. É uma GINGANTESCA bola de neve. Tão complexa e dificil de ser destruída que é quase impossível imaginar por onde começar a mexer se fosse possível para nós remodelar.
Mas também não podemos culpar 100% só a mídia porque o ser humano de uma maneira generalizada é influenciável. Dependendo do que for tratado, ele não saberá qual posicionamento tomar se ele também não sentir da mídia o posicionamento dela (já que, de certa forma, ela lhe passa segurança pela presença de formadores e líderes de opinião). É claro que tudo isso depende, inclusive do assunto ou da abordagem.
Eu, por exemplo, faço jornalismo e quero me especializar em Jornalismo Sócio Ambiental. Quero denunciar e defender causas sociais e ambientais, e quero, seja de qual forma for, melhorar um pouco o mundo em que vivemos por esse lado que não é interpessoal. Sequer me importo muito com dinheiro ou fama se eu tiver chance de poder melhorar o que me cerca. Mas, para eu poder realizar esse meu objetivo, preciso estar, de certa forma, no poder, para não correr o risco de ser obrigada a fazer coisas por conta do dinheiro ou da política alheia. É como se, de forma bem grosseira, eu não quisesse trabalhar pra ninguém e quisesse que trabalhem pra mim porque sei que vou atinjir meus objetivos profissionais sem ser anti-ética. Mas, se um dia eu conseguir isso, também corro o risco de não conseguir mudar em nada, simplesmente porque as pessoas, telespectadores, ouvintes, leitores e internautas não se interessam a fundo sobre causas sócio-ambientais.
Não sei se consegui ser clara sobre isso que acabei de citar, mas foi por causa desse ponto que eu disse que a culpa não é total da própria mídia, porque da mesma forma que me esforçarei, alguns se esforçam hoje para serem imparciais e éticos em determinados assuntos e não são reconhecidos ou nem conhecidos porque a maioria do público quer novidades ardentes, entretenimento e, querendo ou não, SANGUE também (o que, nem sempre consegue ser expresso imparcialmente mesmo que a mídia quisesse ou pudesse).
Postar um comentário