domingo, 11 de abril de 2010

Villano de mi vida

Santos. São heróis fantasmas. Sopranos em destaque. Aqueles são a efusão em forma de gente. Mas cada indivíduo é herói de si mesmo. Uns mais, outros menos. Naturalmente. Qual seria um ápice de um herói? "Meus heróis morreram de overdose".



Um complexo de servidão e exemplos a serem seguidos em sã consciência. Lavagem cerebral do bem. Uma coisa afirmo com precisão: Precisamos de vilões. Sem eles os nossos(seus/meus) heróis não teríam função alguma. Meu herói sou eu mesmo que venci a batalha biológica, a primeira corrida de minha vida. A dos espermatozóides. Meu primeiro instinto heróico.

É bom diferenciar heróis de mártires. Os heróis estão vivos. Estão emanando correções tradicionalistas e liberais em todas as sociedades do mundo. Cada um de cada forma/jeito/proporção diferente. Como no caso os bombeiros que trabalham sem parar no morro do Bumba (na minha Niterói) ou na arte musical contemporânea que me alenta agora ouvindo 'Bajofondo - Zitarrosa'.

Cada um é o herói que é, não o que merece. O merecimento é dado por nossas interpretações e visões. Muitos heróis ficam à margem de qualquer holofote. O desafio é desafiar todo o seu superego que te bloqueia de ser uma pessoa mais autêntica e melhor. Faça seu próprio julgamento antes de ser julgado. Tenha uma consciência clara e equilibrada de seus princípios e respeito pela humanidade. Mesmo que esta humanidade seja do tamanho de uma residência com míseras 3 pessoas.

O herói do filme que viu hoje não salvará sua vida. Não o fará melhor se o melhor persistir em manter-se calado, atado em seu próprio sangue. Faça-o jorrar. Ou então continue a estagnar seu sangue pra lá de coagulado.

Hasta la vista, villano de mi vida.

Próximo tema: Desabafo

2 comentários:

Nelson disse...

Heróis, santos, mártires, vilões... todos eles existem em nós, e nos cabe saber a hora de dar voz a eles.
Parabéns Zambrone! Belíssimo texto!

Renata Fontanetto. disse...

magnífico, zambs.
iniciou minha semana com uma reflexão.
muito obrigada.