terça-feira, 30 de março de 2010

Justiça é o meu gozo

A minha justiça não é cega, impessoal e generosa.
Ela é matuta, controversa e asquerosa.

Se faz de santa, mãe de todos, pátria gentil.
Mas no fundo, todos sabem, pede um pileque para sustento próprio.

Cuidado: a balança não tira tara.
Não nasce justa por natureza e nem faz juz aos benditos homens.
Coitados homens.
Precocemente amaldiçoados.

O povo não quer justiça e sorrisos indolentes.
Quer ver sangue. Luta bandida.
Quem sabe até vá às ruas puxar a milésima carnavália do ano.
Tio Ibsen agradece.

Mande um e-mail ao Ibsen.
Peça razões aos Nardoni.
Lembre ao Lula sua greve de fome.
é muito pra você?
Vá na esquina da sua rua perguntar porque durmo aqui.
Respiro ralo.
Sonho com a turbulência.
E me entrego às drogas. à prostituição. a uma vida, que a meu ver, não tem essas palavras.

Perdidas. Há muito tempo.
Por sua culpa.
Justiça seria se você parasse de culpar o sistema.
Quer trocar de lugar?

Próximo tema: A(s) dualidade(s) do ser

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