terça-feira, 30 de dezembro de 2008

2008 em um papo

Brasil campeão do futebol de areia; Olimpíadas; Felipe Massa; Obama; Bush - sapatada; enchente - muita enchente... enchente.


Isso foi o que Dudu e Zambrone me responderam em 5 minutos.

Isabella Nardone, Bittencourt, João Élio. 50 anos de madona e michel jackson, Chinese Democracy.

Beija-Flor com o juri comprado novamente.


Finalmente algo que tem interferências na história! A queda da Bolsa. Ou não.. sei lá... Não que os outros não sejam importante... porém sempre ocorre algo na política ou no esporte, ou na música, ou em qualquer lugar. Mas, algo que afete um sistema não é toda hora. O "capitalismo" percebeu, ou pelo menos deveria peceber, que tem que haver um ciclo... quanto mais acumular melhor!! Lucro, lucro e lucro


Nicolais Sakorzy e a Carol Bruni.

Quem ganhou o Oscar??? Teve o cara que morreu.. o curinga do batman. que ninguém sabe o nome. O cara que fez o segredo de Brokback Montain.. o que lambeu a boca do outro.

A guerra do Haiti que já não vem de hoje.. já é um retrospectiva da década.

Malu Magalhães e o Marcelo Camelo namorando. Ela tem 16 anos.

CQC.. que eu assistia toda segunda lá em Vassouras.

O nosso querio Linguas Presas saiu em 2008. As novidades da tecnologia do celular. Telefone que é camera, mp3 player, televisão... e isso é muito bom pq diminui espaço e tempo. Tudo em um local pequeno.

União entre Unibanco e Itaú! Que eu recebi uma carta em casa do meu presidente, lá do meu banco, o Itaú, falando que nada vai mudar na minha vida com essa fusão. Se nada vai mudar porque será que ela é tão cara???

Tropa de Elite (consequências socias em 2008, discissões e afins).

Quem morreu: Dercy Gonçalves!!!! :-D


15 minutos


Só quero destacar uma coisa: o que aconteceu no seu ano? Na sua vida?

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Onde sou e que sou?

Será que temos mais de um universo? É realmente foda tentar responder algo que está tão fora do alcance. À noite apago as luzes, olho pro céu e olho pra luzes já extintas. Que dirá de luzes que nem consigo enxergar?

Se o universo é uma bola, um cone, um plasma, uma gosma, uma ameba, eu não sei. Sei muito bem, tenho muita certeza, que eu morrerei e não teremos ainda conhecimento sobre isso. Marte, acho que o homem chega em Marte, sim. O que as potências gastam com bobagens e indagações estrapolam o bom senso de utilizar o dinheiro pra evitar o nosso próprio fim. É a qualidade humana - a auto-destruição, a inconsequência.

Enquanto não mecher no bolso, ninguém fará nada. Mesmo. A natureza terá que destruir NY pra que o "MUNDO" acorde de vez. Porque lá é o 'downtown' do mundo, não é?! Assim como a Amazônia é o coração natural.

O nosso mundo pode refletir como seja o resto do universo: um caos natural, cheio de vida e explosões de fúria e devastação. Tudo químico, superficial e profundo. Uma confusão interligada por meio de vácuo, buracos negros e poeira de tudo que restou.

Uma vez, estive pegando chuva com um amigo e olhando pra vida lá fora (não que dentro não tenha). Depois de momentos de minimalismo e de expansão perguntei pra ele o que ele achava de uma teoria que tinha pensado: "Assim como as células vivas do nosso corpo, ou glóbulos vermelhos/brancos do nosso sangue, não podemos ser simples células perto do corpo total que seria o universo?".

Podemos ser mitocôndrias ou complexos golginienses de uns milhões de células que compõem 1% de tudo, o tudo que não podemos enxergar, assim como as células que preenchem nossos corpos e nos faz completos, não enxergam.

Podemos pertencer a um universo, a um corpo total. Podem haver vários outros, mas nossos olhos, com ou sem luneta, telescópio e afins, não conseguem chegar. Eu não consigo enxergar muita coisa do meu próprio corpo e cérebro, quanto mais do que está fora de mim. Tenho que me encaixar, a vida da seleção. Se seu cérebro está fora, posso pensar em exclusão - daí o sentido de suicídio.

Outra coisa que me pego pensando. Se eu fico falando isso tudo, como é que eu vou acreditar em DEUS? Não entra numa cabeça com pensamento linear e desprendido de crenças crer em algo tão espiritual. Não acho que o ser humano tenha alma, ele tem um cérebro desenvolvido pra gerar sentimentos afetivos e tranquilizantes que apelam para o que não sabem, vêem e sentem.

Se já estamos cegos diante do nosso universo, que dirá de nós mesmos.

"Quanto mais Einstein aprofundou em suas pesquisas científicas procurando a causa de muitos efeitos, mais ele foi descobrindo que o universo é regido por leis eternas e imutáveis". (ler mais)



Próximo tema: 2008

domingo, 28 de dezembro de 2008

Natal Natalino


O Natal já passou. Ele dá início ao ciclo do ano novo. Épocas de festas que se iniciam por esses dias e vão até a virada do ano na sociedade cristã-ocidental. No Brasil essas festas vão até o carnaval - falaremos disso abaixo, o que me recorda outra coisa que falarei mais abaixo.

Agora eu me pergunto sobre o Natal. A maioria das pessoas respondem que é a data do nascimento de Jesus Cristo. Poucos dizem e, creio que menos ainda sabem a verdade, que Jesus nasceu por volta do mês de Maio. Isso nos leva a outra pergunta: "qual motivo nos leva a comemorar o Natal em Dezembro se Jesus nasceu em Maio? diabos!"
Sem sacrilégio, temos que entender o mundo em que vivemos! Esse mundo capitalista e ganancioso. Comemoramos o nascimento de Cristo no dia 25 do último mês do ano pois era nessa época que ocorria a principal festa pagã. Não me lembro de qual Deusa era - deve ser o horário o motivo desse esquecimento. E, resumidamente, a Igreja se apropria da data para facilitar a a aquisição de fiéis. O que nos leva a afirmar: a religião é mais uma forma de dominação.
Errado. A Igreja busca dominar e faz uso da religião para isso. Quanto menos contato humano mais pura é a religião.


Todo esse clima de Natal é muito bom! Gosto muito. Disse que no Brasil ele vai até o carnaval pois é mais que conhecida a frase: o ano só começa depois do carnaval! Que vergonha isso. Quem acha que a crise vai parar e esperar o carnaval passar? A crise vai tentar se superar com auxílio do carnaval, pelo menos as fábricas de cervejas não reclamarão! Recordo que nesse momento de Natal o pau come no Oriente Médio - se bem que o pau come lá desde sempre! E o povo feliz com a Mangueira entrando na Sapucaí. Parece muito com o Pão e Circo na antiga Roma. Agora me pergunto se ocorriam na mesma época as batalhas entre os principais gladiadores. Talvez não por ser inverno na Europa... talvez sim pois já é mais para o final do inverno e início da primavera... depois descubro.

O que me faz lembrar o motivo disso tudo: Natal, carnaval e afins. É relembrar algo. Creio que, com exceção do Natal, nos feriados o que se comemora é a farra! São poucos que no dia 7 de Setembro, por exemplo, em algum momento comemora a Independência do Brasil. Outro dia uma aluna minha achou um absurdo as aulas começarem duas semanas antes do carnaval. Acho um absurdo achar que o carnaval é um feriadão diferente dos outros. Porém é sempre certo que serão 5 dias (contando sábado e domingo). Concordo que seria melhor passar o carnaval para o início do mês. Porém essa data não é como o dia dos Pais que é sempre em um domingo (imagine o feriado dos dias dos pais em uma terça!?) Isso
é algo que queria saber, o que rege a data do carnaval??? Alguém sabe? O que sei é que de religioso nada tem no carnaval, é quando colocamos fantasias e vamos fazer coisas que só fazemos nessa festa!

Retomando o ponto, ou seja, o Natal... bom é que o espírito de natalino continue na alma do mundo além desses dias, e fique por todo o ano 2009; que desejo de muito sucesso para todos nós!


Fabrício Werneck

Próximo Tema: O Universo

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Uma questão de julgamento

Me arrependo de... Nada! Todas as coisas boas e péssimas que vivenciei não foram em vão. Serviram impreterivelmente para alguma coisa na minha vida, positivamente e negativamente. Eu sou adepto ao estilo do “o que tiver que ser será”. Eu sou humano, assim como com quem me relaciono no geral. Levo o verbo arrepender um pouco diferente do que levo o termo reconhecer o erro. Reconhecer o erro é uma coisa, se arrepender de tê-lo feito é outra.

O ato foi feito de acordo com as circunstâncias do momento e do que se passava na minha cabeça, meu julgamento sobre as coisas. É difícil até de reconhecer que não me arrependo de nada. Pessoas me julgariam como se eu fosse um frio, calculista e sanguinário. Não. Não é por aí. As coisas estão aí para acontecer, as escolhas que você faz determinam muitas coisas e você nem sempre escolhe bem, ou na hora certa, ou na forma que foi escolhida.

Às vezes, gostamos de repetir a dose. Ela sendo errônea ou não, já faz parte de outro contexto: o julgamento de outrem. Como por exemplo na “belíssima” música bastante executada nas rádios populares: “Beber, cair, levantar (52x)”. Vejamos... É bom beber? Sim. É bom cair? Uma vez até que é engraçado. Levantar? Se tiver que cair toda hora é preferível ficar no chão!

Para um julgamento de valor padrão, o beber e cair consecutivamente é motivo para vergonha, desprezo, pena e qualquer outro sentimento chocante. Se a pessoa se arrepender depois é porque ela já fez sua cota. Mas aí que está. Ela vivenciou cada momento da sua embriaguez (in)sana. Faz parte da vida. As barreiras, às vezes, desaparecem e você perde o sentimento de “seguir o rio”, agir como as pessoas esperam que você aja.

Liberdade de pensamentos e atos. Quando se sabe as possíveis conseqüências dos seus atos, talvez o arrependimento não entre em cena. Mas se souber e, mesmo assim, der errado, talvez a adrenalina e o grau de periculosidade o faça ter sempre tesão para encarar suas possíveis situações de perda e/ou arrependimento.

Complexo, confuso e contraditório. Me arrependo de não ter escrito mais!

Quem quiser beber tem cerveja aqui em casa, quem quiser cair têm camas livres, quem quiser levantar... que levante e não me acorda!


Próximo tema: NATAL

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Continuando a viagem anterior

Lá vai... Opinião sobre entorpecente vindo de uma usuária não tão frequente de drogas leves, mas que gosta de dar uma viajada de vez em quando, pseudo-psicóloga e parente direta de alcoólatra.

Concondo em parte com tudo que foi dito no post anterior, a exceção da parte que diz: 'Eu mentiria se dissesse que não tenho nada contra drogas porque eu tenho sim'. Eu não tenho nada contra as drogas, eu tenho muita coisa contra pessoas que fazem uso abusivo de drogas, qualquer uma delas, e também não concordo com maior parte do quarto parágrafo, não exatamente da parte que se expressa a vontade de Sara de ter seu auto conhecimento através de vias ditas normais, a vida é dela e ela se conhece como ela quiser, mas a ideia geral.

Bom tentando explicar da melhor forma, a parte consciente de nós mesmos, todos conhecemos 'de cor e saltiado'. A forma que agimos em situações cotidianas são previsíveis. A parte inconsciente de nois é que é o grande mistério. Ela que nos faz agir de forma surpreendente, e raramente se mostra para o mundo. Essa parte obscura do nosso ser, que fica abaixo da casca formada pela nossa consciência, e que guarda todas as nossas verdadeiras vontades, nossos sonhos mais inatingíveis, que podem ser tão cruéis que escondemos muito fundo.

Bom mais ou menos o que queria esclarecer é que, nos conhecermos por conta própria é praticamente impossível, já que parte de nós não quer ser descoberta, e outra parte não suportaria conviver com aquilo que tentamos reprimir. As drogas, são um instrumento muito perigoso e ao mesmo tempo eficaz nesse sentido, o ópio, por exemplo, era muito usado com essa finalidade, muito eficiente, mas muita gente ficou louca depois de experimentar.

Não existe forma segura de nos conhecermos de verdade, nem a terapia é recomendada em todos os casos, e muita gente se contenta (e muito) em conhecer só a casca, e faz uma força enorme pra manter o resto bem contido e recalcado, mas fumar um beck ou tomar um porre de vez em quando ajuda a ter uns 'insights' sobre algumas coisas, se entorpecer de vez em quando também põe a cabeça pra funcionar.

(pagar futuros profissionais assim como eu também ajuda)

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Próximo tema continua: Arrependimento

Não entorpecida, penso que...

Quando penso na palavra entorpecente, me remeto a seu significado na própria gramática. 'Entorpecer é enervar; tirar a energia; enfraquecer; desfalecer; desorientar-se; desalentar-se'. Confesso que a primeira vez que li não havia entendido bem o tema proposto e o pouco que li e tentei entender me remeteu a drogas e entorpecentes de uma maneira geral. É um assunto delicado, que eu nem gosto muito de tratar por soar como ofensa para alguns, mas acho que hoje é uma das poucas oportunidades que tenho de raciocinar e me expressar melhor, e aproveito o tema pra expandir e falar sobre esse mundo a qual não pertenço diretamente. Sei que isto vai ficar extremamente extenso e até cansativo, mas quero ter a consciência tranqüila de que pelo menos expus melhor o que penso; ainda mais eu, que me acho melhor na escrita do que na fala.

'Em farmacologia, os entorpecentes são designados pelos psicotrópicos que têm por principal função embotar ou insensibilizar a pessoa. Trata-se principalmente dos opiáceos, designados também de narcóticos; É aquilo que traz torpor, sono. Segundo Giuseppe Di Gennaro, o termo entorpecente acentuaria o aspecto do efeito provocado pela substância. Termo com conotação generalizada, que, na opinião popular, refere-se às drogas em geral'.

Eu mentiria se dissesse que não tenho nada contra drogas porque eu tenho sim. Não tenho contra QUEM faz uso das mais comuns, como álcool, cigarro ou maconha, porque essas pessoas se julgam suficientemente maduras pra terem motivos para usar. Sei que uma boa maioria sabe medir as conseqüências, e o ponto em que essas drogas mais comuns lhe fazem bem ou mal, e onde isso pode interferir ou não no seu convívio social positiva ou negativamente. Mas quando diz respeito a drogas alucinógenas, como o LSD e cogumelos; psicotrópicas, como cocaína, crack, ecstasy; e outras depressivas além da maconha, como a heroína; sou absolutamente contra, porque acredito que elas causam na maioria das pessoas um grau muito maior de despersonalização e eu não sou nem um pouco a favor disso. 'Em síntese, a ação de qualquer entorpecente é uma série de distúrbios psícossomáticos. A sua ação se faz sentir sobre o cérebro, entorpecendo-o, criando, assim, uma condição favorável a manifestação do sonho e da fantasia'.

Desculpem-me, mas eu quero que minhas vontades e fantasias continuem sendo manifestadas naturalmente, e quero me auto-conhecer sozinha e em sã consciência, sem precisar me descobrir estando fora do meu estado normal. É por essas e outras muitas razões, que eu tenho pavor de ficar absurdamente alterada; e digo isso não pelos efeitos das drogas ilegais, mas mesmo pelos entorpecentes legais industriais/artesanais bebíveis. É por isso que no campo da bebida, por exemplo, tento sempre me controlar nas poucas vezes que bebo. Nunca bebi e fiquei fora de mim. Tenho PAVOR de correr o risco de chegar no dia seguinte e não me lembrar do que fiz ontem; não saber como cheguei em casa, não saber o que fiz, o que falei, como agi. Tenho pavor de demonstrar a todos o meu eu interior quando eu sequer ainda o conheço perfeitamente. Eu conheço o meu limite e não quero ultrapassá-lo. Bebo, fico alegre, levemente alterada e engraçada, mas lembro perfeitamente de tudo o que fiz, falei e senti.

Quanto às drogas ilegais, as alucinógenas, psicotrópicas e as depressivas de uma forma geral, não nego de forma alguma que sou preconceituosa. Não posso lhes dar uma opinião excepcionalmente formada, mas de tudo que já ouvi e presenciei, acredito que as minhas razões para ser contra são muito mais fortes que as razões que me dão para ser a favor. Eu digo que NUNCA, e repito: nunca, NINGUÉM me deu uma razão óbvia do porquê de fazer uso da maconha –sendo esta a tão simples e comum, e a que "menos faz mal". Imagina então alguém me justificar do porquê fazer uso das demais?

Pelas diversas respostas que ouvi, eu só afirmo a mim mesma que não preciso sentir essa "onda manêêêêêira aêê". Eu gosto de me conhecer, descobrir todos os meus pensamentos e vontades mais íntimas naturalmente. Todos os meus podres, defeitos, qualidades e vontades eu conheci por ter parado dias a fio pra pensar e repensar em mim mesma como ser humano. Não preciso beber pra dançar, ficar extrovertida, engraçada ou sexy. Não preciso fumar maconha pra pensar e sentir diversas coisas, quando tenho explosões de pensamentos de diversos tipos a todo momento. Não preciso fazer uso de nada pra ter uma sensação gostosa, quando tenho diversas sensações boas só de me lembrar das coisas boas que me aconteceram por eu ser bem vivida e de bem com a vida. Desculpem-me quem faz uso e ler isso, mas EU acho que quem faz uso de drogas –aquelas que desde pequenos estudamos e ouvimos dos professores do ensino fundamental que fazem mal-, não tem amor próprio. Acho que por mais que passemos por diversas fases de vida, inclusive a de se descobrir e se reconhecer, curtir a vida e tudo o que ela tem a te oferecer, não precisamos de forma alguma fazer uso abusivo disso. E digo isso porque me uso como exemplo.

E, por favor, não venha me dizer que eu tenho que conhecer tudo antes de julgar, porque se todas as pessoas fizerem tudo pensando por esse lado, será o fim do mundo. Eu tenho vontade de matar certas pessoas e jamais faria isso pra descobrir se a sensação após é boa ou ruim (e nem me diga que, quanto a este exemplo exagerado, são coisas diferentes, porque se pensarmos pelo lado do tráfico, os usuários matam indiretamente outras pessoas todos os dias). Curiosidade faz parte do ser humano, mas como todos já sabem, ela mata. Se você não souber utilizá-la realmente a seu favor, você vai morrer. E não venha me dizer também que "vamos todos morrer mesmo, prefiro então morrer me drogando a correr o risco de morrer atropelado sem ter experimentado tudo isso". Se eu morresse hoje, eu me orgulharia, mais do que tudo, de ter sabido de muitos dos meus limites e ter muito me descoberto sem ter precisado fazer uso de nada disso. Eu me orgulharia de ter feito tudo o que eles fazem, sem ter precisado me auto-prejudicar física ou mentalmente: beijei muuuuuito na boca, fiz sexo e fiz amor, namorei pelo menos 1 pessoa por um bom tempo, fiz faculdade, soube escolher o que gostaria para o meu futuro e tive idéias para querer defender, tive pais maravilhosos, tive valor a dar e a receber, tive amigos reais e virtuais, conheci muuuuita gente, arranjei um bom emprego, vivi de diferentes formas que me foram saudáveis, fui amada e adorada por muita gente, fui extremamente elogiada pelo pouco que conquistei com a minha garra e perseverança e alcancei todos os meus sonhos até hoje pela minha dedicação e extrema determinação. Diante disso, me diga: eu precisei e ainda preciso mesmo experimentar tudo isso? Preciso mesmo ser só mais uma neste mundo tentando se descobrir dessa forma? Preciso mesmo correr o risco de ficar retardada por alguns minutos com muitos ficam, chata ou insuportável como alguns, ou depressiva como outros? Não, EU não preciso.

Tenho muitos amigos que fazem uso de algumas drogas, e a única coisa que eu exijo é que me respeitem. Se você sabe que isso me incomoda, não faça questão de fazer isso na minha frente; e se você sabe que eu tenho extremo amor e carinho por você, não me faça diminuir o que eu sinto me fazendo questão de mostrar que você mudou neste quesito desde que nos conhecemos. Respeito vocês como amigos e seres-humanos, e gosto de reciprocidade. Felizmente, quanto a isso, não tenho do que reclamar; convivo normalmente com essas pessoas.
Não tenho a intenção de fazer com que alguns amigos meus deixem de fazer uso. Acho que muitos se julgam e são maduros o suficiente pra gostarem de se entorpecer e pensar em qualquer coisa após. Outros, já deixaram claro que só fazem isso pra se sentirem "da galera". Quanto a esses, eu fico quieta e deixo que a vida um dia talvez lhes mostre o caminho certo do autoconhecimento.
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Próximo tema: Arrependimento

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Esqueci de te contar!

Fofoquices, Fofocaria e Fofocando. Fofoca pode ser comentário saudosita ou difamatório. O difamatório é muito perigoso quando dito a alguém não muito confiável e também quando nos vemos no estado de pena ou mesmo recalcados.

Faço trabalho em uma favela do Rio (e que favela!). Lá, a fofoca é ultra perigosa. Só os familiares e os amigos de infância são confiáveis. O perigo de ser notado como X-9 só aumenta a tensão. O buraco é mais embaixo, é perigo de morte. As línguas ficam presas, literalmente. A disseminação de informação é bem e mal vista. No exemplo que eu dei, dá pra lembrar da cena do filme Tropa de Elite que a capa de jornal que retratava o rosto do policial do BOPE, Matias, foi vista pelo dono do morro, Baiano, que o reconheceu depois de ir prestar "serviços comunitários" com os colegas da faculdade.



O Baiano até que foi bonzinho. Normalmente é o que no filme mesmo mostrou: "Microondas". Direitos humanos? X-9 é x-9. Só vive enquanto não for pego.

E as fofocas da manhã e da tarde? Ê que delícia! Saber o que não deve ser sabido das pessoas que idolatra ou que se esforçam pra aparecer para o povão... de pernas abertas! A favela é uma das que consomem frenéticamente esses boatos, idolatrismo lúdico, típico de cultura do interior, de cidade pequena, onde uma informação e qualquer coisa que acontece na cidade, é um telefone-sem-fio só!

Seria hipócrita se dissesse que nunca consumi essas coisas. Mas a influência também faz o indivíduo (pelo menos de primeira passagem). A fofoca também volta contra com você. Já voltou pra mim várias vezes. Aprendi com a consequências delas. Tem gente que até hoje... nada.

Fofoca Mata, Denigre, Eleva a moral, Deturpa, Corrige e é normal, usada com parcimônia. Como você fofoca? Hein?!



Vídeo: Fofoca no trabalho, com Max Gehringer.

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Próximo tema: Entorpecido, pensei que...

domingo, 30 de novembro de 2008

3 meses de Línguas Presas - Balanço Geral

Hoje, 30 de novembro de 2008, completa 3 meses de funcionamento do Blog Línguas Presas. Então para deixá-los a par de quão pequenos e grande somos, eis algumas estatísticas via Google Analytics:

Visitas no mundo:



- 23 visitas vindas de 4 países além-Brasil
[Estados Unidos - Angola - Alemanha - Noruega]

Visitas no Brasil:



- 994 visitas vindas de 21 cidades com representantes de todas as regiões, exceto Norte.

Top 5 Posts mais lidos individualmente (sem abertura da página principal do blog)

- Indústria Rakelly e um bando de idiotas
- Masturbação, um vício solitário
- Não vou fazer apologias ...
- Mais um clichê
- Ética ou Anti-ética

Colaboradores:

- 17 colaboradores

Resumo:

- Obrigado! Todos os que participam engrandecem não só o blog, mas como também nós todos, com informação, curiosidades, sentimentos e as mais variadas perspectivas das mais variadas coisas.

Prendam a língua e soltem o verbo!

sábado, 29 de novembro de 2008

Emos e Emas: uma nova perspectiva


Ok, ok... sei que o próximo tema é fofoca. Mas esse tema "emo" é um tema um tanto quanto enriquecedor quanto polêmico, portanto achei vital, ou melhor, necessário fazer uma observação mais aprofundada acerca do tema.

1.
Conceituando um emo
Certo, vamos começar com o mesmo ponto de partida do texto anterior: " Vamos considerar que um emo é algo parecido com isso aqui:


1.1- A característica principal desse ser, antes de tudo, de acordo com a visão do senso comum a respeito do assunto é a potencialização das emoções relacionadas a casos amorosos e um comportamento depressivo no dia-a-dia por causa disso. Com certeza, essa é a característica principal do nosso objeto de estudo.

A partir de tal característica que surgem os comentários do tipo: "Larga de ser emo porra!!" (um amigo falando para o outro que está se lamentando pela perda de sua ex); "Cara, pega leve que hoje eu tô meio emo" (pessoa requisitando para que não seja incomodada com piadinhas contra sua pessoa pois supostamente estaria emocionalmente afetada no dia); "hahahaha!! Isso foi muito emo!" (sujeito referindo-se a atitude de carater homosexual); e a mais temida de todas: "cara, não dá muito papo pra fulano não porque ele é emo" (em outras palavras: "toma cuidado com esse sujeito do mesmo sexo que o seu pois a qualquer momento ele pode abusar sexualmente de você!").
Portanto, podemos já concluir de que o termo emo é de caráter pejorativo, negativo e etc...

1.2- Outra característa importante é o som que esse ser ouve: NX-O, fresno, My Chemical Romance, Simple Plan e etc... Que são bandas que refletem todo esse esteriótipo de "afetado", roupas esquisitas, cabelo com franjinha de chapinha, letras de caráter emocional relacionados a temas amorosos e etc... Ironicamente, quase nenhuma (arrisco até dizer NENHUMA dessas bandas admite ser uma banda emo)

1.3- Depois disso que vem a parte do visual, nas palavras da autora do texto anterior: "calça skinny, fazer chapinha no franjão, usar maquiagem, andar cheio de badulaques"

1.4-E por último, alguns hábitos detestáveis como a maneira de se escrever na internet (pasmem, vi a seguinte escrita na comunidade "guitarra - exercícios e teoria"): "OIe SeRá Ki AlgueIm Aih poDem Me PassAA Uns RiFs fOdoEs do N Xis Zeruh?" Mais ou menos isso... Daí que vem os comentários "Para de escrever igual emo porra!" quando alguém apresenta qualquer mínimo traço dessa característica como escrever um simples "non" ao invés de "não.

2- A repressão da sociedade ao emo
Certo, com todos esses hábitos, digamos, diferentes que um emo tem, quando o estilo começou a se popularizar, ele começou a ser reprimido. Uma repressão que antes era piadinha mas foi crescendo cada vez mais.

Lembro-me perfeitamente da raíz da repressão: "na moral, odeio essa modinha emo!" Isso, provavelmente lá pra meados de 2003. Realmente, como qualquer outra modinha era extremamente irritante! Reportagens e mais reportagens na televisão sobre o estilo, apoio da grande mídia... Essa moda durou um tempo. Mas a coisa foi crescendo...

Passado um tempo, o jogo meio que inverteu: a repressão começou a ser tão grande contra os emos que os mesmos começaram a negar o "estilo". Pessoas que se enquadravam completamente no esteriótipo acima descrito passaram a responder: "peraí, eu não sou emo" mesmo se encaixando perfeitamente no quadro, alguns ficavam estremamente revoltados ao serem taxados do mesmo.

O estágio seguinte foi quando o jogo inverteu: a modinha passou a ser odiar emo. Odiar emo passou a fazer parte do senso comum... Ninguém mais se declarava emo mesmo tendo as características do mesmo. Emo passou a ser algo repulsivo. As bandas de EMO (entenda-se Emotional Hardcore) passaram a negar o rótulo, tendo em vista que os próprios fãns não queriam ser taxados do mesmo.
Até que chegamos aqui ao último estágio da repressão... A LEI! Um jovem suicidou-se na inglaterra e a mãe dele acusa a banda simple plan de ser o responsável por o levar a cometer o tal. O debate se espalha pela Europa chegando a Rússia, onde entra em debate no parlamento russo a possibilidade da proibição do estilo no país por ser perigoso a levar jovens a depressão e suicídio (veja: http://musica.terra.com.br/interna/0,,OI3026227-EI1267,00-Lei+pode+proibir+o+estilo+emo+na+Russia.html). Fato, inclusive, que já se repetiu diversas vezes com o heavy metal onde músicos foram acusados de induzir fãns ao suícidio (como ozzy); ou até de induzir o ex baterista ao mesmo (Helloween); ser repulsivo contra os bons costumes, com risco de ser proibida (Twsited Sisters); repulsiva, imoral, agressiva, (Sepultura) e etc... Podemos ver também muitos outros exemplos de repressão semelhante nas mais diversas vertentes do rock no geral.

Na verdade, a repressão do senso-comum mais alienado de todos se da ao rock em geral, colocando todos eles num saco só. Eu por exemplo, que tenho cabelo cumprido até o ombro (um visual que por convenção é de headbanger, metaleiro, metal-head, e etc.. o que passo muito longe do emo), já vi diversas vezes crianças passando em carro em alta velocidade gritando para mim: "EMOOOOOOOO". Certo, isso sem contar com a repressão do senso-comum ao estilo heavy-metal que, sem mentir, é o meu preferido dentro do rock. Mas a repressão da sociedade ao heavy metal já é algo completamente diferente do EMO, que pode ser abordado futuramente (quem sabe) em outro post.

3- Conclusão:
Certo. Os fãns negam ser; a grande maioria das bandas negam. Os amigos negam ter um amigo emo (na maioria dos casos). Então.... CADÊ A PORRA DO EMO QUE TODO MUNDO RECLAMA?!?!?!?!?!
Aí que tá: acho que emo simplesmente NÃO EXISTE.
Ou melhor: não existe mais, no início da modinha existia sim, e muito. Mas agora, não vejo NINGUÉM, e repito NINGUÉM dizer batendo no peito "eu sou emo". Claro, as vezes pode ser por causa da minha idade e da idade das pessoas que igualmente convivem comigo (seria muito feio um sujeito de 20 anos responder a pergunta "oq vc curte" com orgulho: "fresno... di bob... NX-O... Simple Plan e etc). Claro, existem exceções. Mas... como um amigo meu sempre me diz (não vou citar seu nome pois alguém pode se sentir ofendido com tal conceito [lembrando que esta não é a minha intenção!]) "O emo quando completa 18 anos evolui pra Indie e vai fazer comunicação social!" ahahahahahahahahahahhahaha. Obviamente, falando isso de forma cômica e irônica, sem querer de maneira alguma generalizar ou criar um padrão de personalidade e conduta.

Portanto, assim como um professor de política do curso de ciências sociais da UFRJ, o Walter, alega que a economia não existe porque é totalmente baseada no campo de especulações (diferente do meu texto, em uma tese de 1000 páginas), eu digo: emo não existe porque está no campo das suposições e acusações, não da declaração do indivíduo.

Em outras palavras: se ninguém se declara emo, logo emo não existe! Salvo raras exceções!!



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Mais uma vez, desculpe por quebrar a corrente do tema....


*Próximo Tema: FOFOCA

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Emos ou emas, eis a questão!

Vamos considerar que um emo é algo parecido com isso aqui:



Realmente! Usar calça skinny, fazer chapinha no franjão, usar maquiagem, andar cheio de badulaques, ouvir aquelas musiquinhas frufruzentas... bem, isso tudo é coisa de emo. E pra mim também é um pouco demais. São afeminados demais pro meu gosto! Ser gay não significa ser afeminado, mas não consigo deixar de pensar que todo afeminado é gay. Mas todo emo é afeminado? Se você conhece algum que não é, me apresenta! Assim posso parar de sacanear minhas amigas que insistem em se aventurar com essas moças!

Pode vir falando que é preconceito, que homens também podem ser sensíveis e vaidosos, mas não adianta: geralmente eu acho que os emos são emas, quando os vejo por aí. Tenho amigas que gostam do estilinho, mas eu nunca me convenço! E daí que eles "pegam mulher"? Tem muita mulher que também pega e não gosta, faz só pra aparecer na noitada, óóóóó que underground! Aliás acho mais fácil pegar uma mulher logo, porque esses menininhos muito fofuxos são quase isso! Imagina, passar delineador no namorado? Ahhh não, eu sou mais old school... meu negócio é homem com jeito de homem... pra falar de tinta de cabelo e maquiagem eu já tenho muitas amigas!

Relativizando um pouco, todo mundo tem o seu emo interior... aquele lado breguerézimo que insiste em aflorar nos momentos de fossa, e que te faz chorar até escutando pagode. Aliás, pagodeiros são emos demais nesse ponto... é só música de corno, nunca vi! Pagodeiro sofre demais. E o Marcelo Camelo? Emo barbudo! Hahahahaha.. Bem, se fosse levar pra esse lado, eu até diria que tem emo-homem.. mas acontece que o rótulo envolve todo um estilo muito mulherzinha pro meu gosto!

Se são bichas não sei, mas pra mim não será nenhum desperdício!
Ema ema ema, cada um cum seus pobrema!


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