segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Onde sou e que sou?

Será que temos mais de um universo? É realmente foda tentar responder algo que está tão fora do alcance. À noite apago as luzes, olho pro céu e olho pra luzes já extintas. Que dirá de luzes que nem consigo enxergar?

Se o universo é uma bola, um cone, um plasma, uma gosma, uma ameba, eu não sei. Sei muito bem, tenho muita certeza, que eu morrerei e não teremos ainda conhecimento sobre isso. Marte, acho que o homem chega em Marte, sim. O que as potências gastam com bobagens e indagações estrapolam o bom senso de utilizar o dinheiro pra evitar o nosso próprio fim. É a qualidade humana - a auto-destruição, a inconsequência.

Enquanto não mecher no bolso, ninguém fará nada. Mesmo. A natureza terá que destruir NY pra que o "MUNDO" acorde de vez. Porque lá é o 'downtown' do mundo, não é?! Assim como a Amazônia é o coração natural.

O nosso mundo pode refletir como seja o resto do universo: um caos natural, cheio de vida e explosões de fúria e devastação. Tudo químico, superficial e profundo. Uma confusão interligada por meio de vácuo, buracos negros e poeira de tudo que restou.

Uma vez, estive pegando chuva com um amigo e olhando pra vida lá fora (não que dentro não tenha). Depois de momentos de minimalismo e de expansão perguntei pra ele o que ele achava de uma teoria que tinha pensado: "Assim como as células vivas do nosso corpo, ou glóbulos vermelhos/brancos do nosso sangue, não podemos ser simples células perto do corpo total que seria o universo?".

Podemos ser mitocôndrias ou complexos golginienses de uns milhões de células que compõem 1% de tudo, o tudo que não podemos enxergar, assim como as células que preenchem nossos corpos e nos faz completos, não enxergam.

Podemos pertencer a um universo, a um corpo total. Podem haver vários outros, mas nossos olhos, com ou sem luneta, telescópio e afins, não conseguem chegar. Eu não consigo enxergar muita coisa do meu próprio corpo e cérebro, quanto mais do que está fora de mim. Tenho que me encaixar, a vida da seleção. Se seu cérebro está fora, posso pensar em exclusão - daí o sentido de suicídio.

Outra coisa que me pego pensando. Se eu fico falando isso tudo, como é que eu vou acreditar em DEUS? Não entra numa cabeça com pensamento linear e desprendido de crenças crer em algo tão espiritual. Não acho que o ser humano tenha alma, ele tem um cérebro desenvolvido pra gerar sentimentos afetivos e tranquilizantes que apelam para o que não sabem, vêem e sentem.

Se já estamos cegos diante do nosso universo, que dirá de nós mesmos.

"Quanto mais Einstein aprofundou em suas pesquisas científicas procurando a causa de muitos efeitos, mais ele foi descobrindo que o universo é regido por leis eternas e imutáveis". (ler mais)



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