"Os defeitos de um homem se adéquam sempre a seu tipo de mente. Observa seus defeitos e conhecerás suas virtudes."
Vivemos para crescer sozinhos e com os outros. Vivemos para aprender, errar e acertar. Nos meus 19 anos de vida, fui autocrítica o suficiente para reconhecer a maioria dos meus erros e defeitos. E diante do pouco que já vivi, notei que existe uma grande diferença entre defeitos e erros.
Defeitos fazem parte de todos nós, estão incrustados em nossas atitudes e pensamentos, e são perfeitamente notáveis pelos outros. Quem se torna seu verdadeiro amigo e verdadeiramente te ama, com certeza te conhece o suficiente para não se incomodar com tudo que venha espontaneamente de você, simplesmente por fazer parte de você. Quando o vínculo é forte, independente das diferenças que surjam entre suas qualidades e defeitos, a amizade e a cumplicidade permanecem inalteradas. Defeitos, positivos ou negativos, nos tornam únicos perante os outros. Nossos defeitos são nossos, fazem parte de nós, e por isso são extremamente difíceis de serem mudados. Se pudéssemos cortar nossos próprios defeitos, eu diria que seria uma missão perigosa, porque nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.
Já os erros acontecem, propositadamente ou não, para que raciocinemos a respeito de nós mesmos e possamos sempre melhorar. O único modo de evitar nossos erros é adquirindo experiência; e a única maneira de adquirir experiência é cometendo erros. Errar também faz parte de todos nós, mas nem todos os erros que cometemos estão ligados aos nossos defeitos e a nossa personalidade, e é por isso que são muito mais fáceis de serem consertados, reparados e mudados. Basta querer. Samuel Smiles já dizia: "nós geralmente descobrimos o que fazer percebendo aquilo que não devemos fazer. E provavelmente aquele que nunca cometeu um erro nunca fez uma descoberta."
Não é fácil se olhar no espelho e tentar se conhecer e se reconhecer; "Eu sou esse aí mesmo?" Não é fácil ser autocrítico. Não é fácil receber críticas. Mas finalizo este meu post dizendo que, se recebemos uma crítica construtiva de alguém que gostamos e que sabemos que realmente se importa com nós, é válido parar e fazer uma análise. Porque eu acredito que as críticas de quem nos amam só surgem quando tentamos desnecessariamente mudar nosso jeito natural de ser e, frustrados, acabamos por cometer erros aos outros e a si mesmos sem sequer percebermos.
"Os erros, como a palha, flutuam na superfície, e quem busca pérolas, no fundo é que deve ir buscá-las." (John Dryden)
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Próximo tema: PERVERSIDADE HUMANA.
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