
Prolixidades à parte, vamos à homofobia. Na boa, qual o sentido em sermos agressivos contra os homos? Desde os primórdios sempre houve aqueles que gostavam de se atracar com seus semelhantes – fisiologicamente falando, capiche, né? E aqui estou a falar de animais “irracionais”, primatas peludões cheirando a sexo, a merda e a secreção por mordida de carrapatos. É a coisa mais natural do mundo. Mais tarde tivemos a cultura clássica, fonte de inspiração de tantos movimentos durante a História. Pois é. Aquela história de corpo são, mente sã... Atletas musculosos e adultos como mentores de esbeltos garotinhos... E tudo isso era parte da rotina. Eles não precisavam de parada gay (voltarei a este assunto logo, logo). E o que falar sobre a Igreja? Pelo amor de Deus - Deus não, amor dos padres, pedófilos ou não. Sempre rolou uma putaria nos bastidores, e forte. Pior: concomitantemente ao crescimento da influência da religião na vida do homem, os atos homossexuais foram sendo rebaixados a uma posição pecaminosa, já que era uma expressão da liberdade do desejo sexual.
Então chegamos ao maravilhoso “mundo novo”, da tecnologia e dos relógios digitais, que tornaram o homem tão poderoso (só quem leu Douglas Adams vai entender essa parte). Edgar Morin, um dos críticos da cultura de massa, é um cara que frisa bem a segunda porrada que os homos de todo o mundo receberam: a chegada do gossip artístico e a influência cinematográfica. Quando é que a mídia vai motivar atos homossexuais, já que o mundo se mostra tão velado por essa máscara religiosa? E nisso os homossexuais foram sendo cada vez mais marginalizados. Hoje temos essa questão do preconceito como crime e tudo o mais, uma ode à liberdade sexual. É o único ponto que para mim destoa. Por que não sermos racionais e deixarmos cada um seguir com sua vida, sem alardes? Sem paradas gays também, que mais me parecem freak-fake shows, cheias de heteros querendo aparecer e senhoras mostrando aos seus netinhos como são estranhos e engraçados aqueles “personagens de Carnaval”. Isso deturpa totalmente o sentido da opção sexual, que passa a ser encarada como uma fantasia que vestimos quando queremos fugir da realidade. Mas cada um com sua opinião – sou a favor do CADA UM QUE DÊ O DESTINO QUE ACHE MELHOR AO SEU PRÓPRIO LOMBO E QUE NINGUÉM SE META NISSO; ou se meta, mas aí já é outro sentido da coisa.
Acho que escrevi demais, mas era isso basicamente: se o homossexualismo é tão antigo como o homem, por que sermos ofensivos contra lésbicas e gays (porque os termos viado e bicha referem-se, para mim, a atitudes frescas, nada relacionadas à sexualidade, e por isso vou continuar chamando pessoas de viadinhos). Agora um pouco de publicidade – a posição em que jogo. Quanto mais homossexuais no mundo, principalmente do sexo masculino, melhor. Vivemos numa sociedade machista – e muito. Pode perguntar isso para qualquer um, até para o Roberto DaMatta. O homem homossexual é uma benção para as vendas: renda de homem, ímpeto consumista de mulher. Eles fazem quartos com casinha de boneca dentro de casa (caso verídico), gastam rios de dinheiro com coisas que para mim são estúpidas. Deus abençoe os homos, ainda mais em tempos de crise econômica.
Ah, e o mundo sempre foi gay. “Sorte minha que sobra mais mulher”.
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